Excesso
Humanidade consome mais que o dobro do sal que precisa diariamente, diz OMS
Excesso de sódio no organismo pode levar a diversos problemas no sistema cardiovascular. Por ano, cerca de 1,89 milhões de pessoas morrem dessa maneira
Saúde | 13 de Fevereiro de 2025 as 08h 20min
Fonte: Galileu

Em tempos de alto consumo de produtos ultraprocessados, o consumo excessivo de sódio pela população torna-se uma das maiores preocupações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que a média global de ingestão desse mineral seja de 4310 mg/dia – o que equivale a mais do que o dobro do valor recomendado pela agência, de 2000 mg/dia.
O problema disso é que o sal em demasia favorece o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que, por sua vez, abrem margem para ocorrências fatais, como derrames e infartos. Por ano, cerca de 1,89 milhões de pessoas morrem dessa forma, sugere o Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME).
Vale lembrar, no entanto, que lutar contra esses riscos não é tão simples quanto só parar de acrescentar sal em sua comida. Isso porque o sódio ainda é um nutriente essencial para o bem-estar humano, que desempenha importante papel na manutenção do volume plasmático e na transmissão dos impulsos nervosos, por exemplo. Assim, é necessário encontrar um equilíbrio nutricional no seu consumo.
Sem mais, nem menos
Para além do sal de cozinha, moléculas de sódio podem ser encontradas naturalmente em diversas outras formas, como no leite, em carnes e nos frutos do mar. Ele também aparece com grande frequência alimentos processados, como pães, salgadinhos e condimentos. Portanto, mesmo sem perceber, as pessoas ingerem o mineral em seu cotidiano.
Com isso em mente, a OMS identificou quatro possíveis intervenções que podem ser aplicadas para diminuir as altas taxas de consumo do sal. Na visão da agência, quanto antes forem colocadas em prática, mais rápido virão os resultados em termos de vidas salvas, anos saudáveis de vida ganhos, casos de doenças prevenidos e custos evitados. São elas:
Reformular os produtos alimentares para que contenham menos sódio e definir níveis-alvo para a quantidade de sódio nos alimentos e refeições;
Estabelecer um ambiente de apoio em instituições públicas, como hospitais, escolas, locais de trabalho e casas de repouso, para fornecer opções com menos sódio;
Implementar a rotulagem na parte frontal da embalagem; e
Aplicar comunicação de mudança de comportamento e campanhas de mídia de massa.
Durante a realização da 66ª Assembleia Mundial da Saúde, em 2013, os países-membros da OMS chegaram a um acordo para reduzir a ingestão média de sódio da população com parte do Plano de Ação Global para Prevenção e Controle de Doenças Não Transmissíveis 2013–2020. A meta voluntária de redução relativa foi cravada em 30% até 2025.
Mundo na missão de combate ao consumo excessivo de sódio
Para monitorar o desenvolvimento, a implementação e os resultados das políticas públicas pensadas para a redução de sódio, com base nas intervenções propostas pela OMS, a agência desenvolveu o “Cartão de Pontuação de Sódio por País”. Nele, constam informações específicas sobre essa luta em cada membro-signatário, bem como o nível de medidas para frear o problema.
Quanto mais intenso o tom de verde, melhor avaliada são as medidas em vigor no país. Já se a região estiver colorida em vermelho (pior caso) ou laranja, isso significa que há poucas ou nenhuma política nacional para reduzir a ingestão do sódio. Veja infográfico:
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Assim, com base nos dados do “Cartão de Pontuação de Sódio por País”, a OMS calcula que mais de um quarto da população mundial, aproximadamente 28,1% dela, viva em países com medidas obrigatórias efetivas de redução de sódio.
É o caso do Brasil, que pertence ao seleto grupo de pontuação máxima; junto dele, só estão mais dez membros (Argentina, Chile, Colômbia, Tchéquia, Lituânia, Malásia, México, Arábia Saudita, Espanha e Uruguai).
Como destacado pela agência, nosso país apresenta um total de 13 políticas obrigatórias voltadas para o assunto. Veja:
Resolução da Diretoria Colegiada nº 429, de 8 de outubro de 2020, sobre a rotulagem nutricional dos alimentos embalados;
Termo de Compromisso de 13 de junho de 2017, que estabelece as metas nacionais para a redução do teor de sódio em alimentos processados no Brasil;
Portaria nº 1.274, de 7 de julho de 2016, que dispõe sobre as ações de promoção da alimentação adequada e saudável nos ambientes de trabalho;
GNPR 2016-2017, que promove uma alimentação saudável e prevenção da obesidade e das DNT relacionadas com a alimentação (q20) Da Saúde se cuida todos os dias;
/CD/FNDE nº 26, de 17 de junho de 2013, que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE;
Termo de Compromisso de 05 de novembro de 2013, que estabelece as metas nacionais para a redução do teor de sódio em alimentos processados no Brasil;
Termo de compromisso nº 004/2011, de 7 de abril de 2011, que estabelece as metas nacionais para a redução do teor de sódio em alimentos processados no Brasil;
Termo de Compromisso 035/2011, de 13 de dezembro de 2011, que estabelece as metas nacionais para a redução do teor de sódio em alimentos processados no Brasil;
Resolução RDC n. 24/2010, que dispõe sobre a oferta, propaganda, publicidade, informação e outras práticas correlatas cujo objetivo seja a divulgação e a promoção comercial de alimentos);
Regulamento Técnico MERCOSUL sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados;
Resolução – RDC Nº 360, de 23 de dezembro de 2003, sobre a rotulagem nutricional de alimentos embalados;
Inquérito sobre a capacidade dos países em relação às DCNT: Implementação nacional do programa de sensibilização pública (q25) como parte da redução do sal/sódio; e
GNPR 2016-2017: Promoção da alimentação saudável e prevenção da obesidade e das DNT relacionadas com a alimentação (q15).
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