Feminicídio
Deputada Gisela pede cadeia para feminicida e aponta tortura; PM será julgado hoje por outro crime
Saúde | 28 de Maio de 2025 as 14h 24min
Fonte: Assessoria

Nesta quarta-feira (28.05), o policial militar Ricker Maximiano de Moraes, de 33 anos, que assassinou a tiros a esposa, Gabrielli Daniel de Souza, de 31 anos, será julgado por tentativa de homicídio contra um adolescente de 17 anos, crime ocorrido em 2018.
Neste último domingo, 25 de maio, o Policial Militar matou Gabrielli na residência do casal, na Rua Paraju, no bairro Praeirinho, em Cuiabá. Em seguida, fugiu com os filhos de 3 e 5 anos, deixando-os com os pais, em Várzea Grande. E na madrugada de segunda(26), o feminicida se entregou na Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e alegou arrependimento .
Indignada com o elevado número de feminicídios em Mato Grosso e, em especial, pela morte de Gabrielli, a deputada Gisela Simona - lider da bancada feminina do União Brasil, na Câmara Federal -, e relatora do 'Pacote Antifeminicídio', que virou lei em outubro de 2024, elevando para até 40 anos a pena para o crime de feminicídio, disse à jornalistas e mais tarde nas redes sociais, 'que não adianta um feminicida se arrepender após tirar a vida da esposa, da mãe dos seus filhos, destruindo toda uma família'.
Ao ainda subir o tom e garantir que o lugar de feminicida é na cadeia. "Não adianta arrependimento. Seu lugar é no presídio, cumprindo a pena no rigor da lei que, inclusive, relatei e ajudei a aprovar. É cadeia e ponto!".
A indignação da parlamentar unista aumentou ainda mais nesta última terça-feira(27), após receber áudios sigilosos de alguns familiares - que deverão ser entregues à Secretaria de Segurança -, denunciando que a vítima estava toda cheia de hematomas, com o rosto deformado, maxilar quebrado, um lado da cabeça achatado e com um caroço imenso em sua testa. O cabelo ainda estava todo picotado e no corpo haviam sinais de várias perfurações de arma branca, provando que Gabrielli antes de ser morta sofreu uma série de torturas.
Trechos do áudio
"Ela estava toda deformada, sabe? Ele praticamente quis acabar com ela, destruir ela, e conseguiu. Ela foi encontrada toda ensanguentada, com o cabelo todo picotado, com o corpo cheio de hematomas de perfurações, maxilar quebrado, cabela achatada. [...] Na funerária, o rapaz constatou que as costas e os braços dela tinham muitos golpes de faca e a gente não sabe porque estão escondendo estes detalhes. Prova disto, que a funerária relatou que o procedimento para preparar o corpo para ser transladado demorou devido a estar com muitas perfurações, então eles tiveram que costurar".
Gabrielli teve o corpo transladado para o Pará, terra de seus familiares, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública que ofereceu o transporte. E valores arrecadados com familiares e amigos ajudaram a custear a preparação do corpo na funerária para o translado.
Tiro pelas costas
Quanto a ação que ocorre nesta quarta, o PM será julgado após perseguir um menor, em 2018, que estaria indo para casa na Avenida General Mello, na capital.
O adolescente que estava acompanhado de dois amigos, brincavam e davam risadas quando se depararam com o policial brigando com sua namorada, na época. Quando Ricker falou para os jovens: 'o que vocês estão rindo? Vaza, vaza', levantando a camisa e retirando uma arma de fogo da cintura.
Amedrontados, os meninos correram, mas foram perseguidos pelo policial. Contudo, depois de alguns metros, a vítima percebeu que o policial havia parado e, assim, igualmente parou de correr, quando foi alvejado pelas costas. O tiro atingiu as nádegas do adolescente que passou por uma cirurgia de urgência.
De acordo com trecho da denúncia, contida nos autos, no Ministério Público estadual, "os ferimentos causados por Ricker Maximiano provocaram debilidade permanente na função urológica do adolescente, que passou a apresentar incapacidade de sentir a vontade de urinar espontaneamente, necessitando realizar cateterismo (passagem de sonda) para esvaziar a bexiga".
O policial foi indiciado por tentativa de homicídio, com as qualificadoras de motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Mais um BO
O policial militar Ricker Maximiano de Moraes ainda ficou conhecido depois de se tornar manchete dos principais veiculos de comunicação do estado, em 2023, quando atirou e matou um cachorro da raça pitbull que partiu para cima dele quando ele estava com a filha pequena no colo.
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