Análise Agrolink
Safra recorde virou um problema na soja
Confira o que mexe no preço da soja agora
Rural | 24 de Janeiro de 2023 as 08h 06min
Fonte: Leonardo Gottems – Agrolink

Esta grande safra brasileira de soja será um problema, porque está apenas 30% comercializada e não haverá armazenagem suficiente para ela, alertam o analista sênior da Consultoria TF Agroeconômica, Luiz Pacheco. “O produtor terá que vender e isto fará pressão sobre os preços em 2023”, explica o especialista.
“Então, nossa recomendação é: quanto antes vender, melhor. Aliás, já tínhamos recomendado isto há um mês e, desde então o preço caiu 4,40% no Brasil, segundo o Cepea. Por estado, os preços recuaram 3,17% no RS, em SC 0,55%, no PR 2,20%, no MS 4,65%, no MT 9,41%, no MA 7,64% e na Ba 4,24%, segundo acompanhamento diário feito pela TF Agroeconômica”, aponta.
Ele relembra que a safra mundial de soja era para ser de 391,17 milhões de toneladas, conforme o relatório do USDA de dezembro, mas, no relatório de janeiro, o próprio USDA já a reduziu para 388,01 milhões de toneladas. Mesmo assim, os estoques mundiais ficaram em 103,52MT, contra 98,22 MT da safra anterior e 100,03 MT da safra 2020/21.
Confira o que mexe no preço da soja agora:
Fatores de alta
a) As perdas dos EUA: A safra americana estava prevista, inicialmente, para ser de 118,27 milhões de toneladas, mas, o relatório de janeiro apontou uma perda de 1,89 MT, fixando-a em 116,38 MT. Isto fez a sua exportação cair 1,5 M, de 55,66 MT para 54,16 MT.
b) As perdas da Argentina: 20% da soja nobre já é considerada ruim.
c) As perdas do Brasil: No seu último relatório, o USDA colocou a produção brasileira de soja em 153 MT, citando que as perdas no Sul do país estariam compensadas com a melhora da produtividade nos estados do Centro-Oeste, com a intensificação das chuvas. Mesmo assim, ficou na parte de baixo das estimativas iniciais.
Fatores de baixa
a) A redução da demanda chinesa, apesar dos recentes incentivos do governo, as margens da suinicultura.
b) A recessão mundial: Cerca de 70% das atividades econômicas ao redor do mundo tiveram retração de vendas depois do início da guerra na Ucrânia, diante do aumento da inflação, provocada pelo aumento dos combustíveis/petróleo. Para combater a inflação os Bancos Centrais de todo mundo elevaram drasticamente os juros e, com isto, muitos países agora estão dependendo de créditos do Banco Mundial ou da ONU para poderem fazer suas compras de alimentos.
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