Em Recuperação judicial
Quais são e quanto devem as maiores do agro. Três são de MT
A lista inclui gigantes da soja e do café – 2 símbolos da produção agrícola -, além de usinas de cana e etanol
Rural | 07 de Novembro de 2025 as 08h 59min
Fonte: Metrópoles

As dívidas das dez maiores empresas do agronegócio em recuperação judicial superam R$ 15 bilhões.
A lista inclui gigantes da soja e do café — dois símbolos da produção agrícola brasileira —, além de usinas de cana e etanol.
O ranking conta, também, com empresas especializadas em agricultura irrigada e produção de ração animal.
De Mato Grosso, há as empresas Grupo Safras – que opera em Sorriso (420 km ao Norte de Cuiabá) -, o Grupo Cella, que também opera em Sorriso e em Nova Maringá (400 km a Médio-Norte) e o Grupo AFG, com sede em Cuiabá.
Veja quem são:
AgroGalaxy – R$ 4,67 bilhões
A AgroGalaxy ostenta o título de companhia com maior passivo considerando todos os setores. A rede de varejo de insumos, serviços e tecnologia agro precisa quitar R$ 4,67 bilhões com credores.
Grupo Patense – R$ 2,15 bilhões
Depois, com um passivo também na casa dos bilhões, está o Grupo Patense, que atua no processamento de resíduos de origem animal para fabricação de rações, óleo para a indústria de higiene e limpeza e biocombustíveis. O grupo, cujo nome é uma referência à cidade em que está sediado, Patos de Minas (MG), deve R$ 2,15 bilhões.
Montesanto Tavares – R$ 2,13 bilhões
A terceira posição fica com a Monsanto Tavares. Um dos maiores exportadores de café do país, o grupo controla as tradings Atlântica Coffees e Cafebras e deve R$ 2,13 bilhões aos credores.
Grupo Safras – R$ 1,78 bilhão
Logo em seguida, aparece o Grupo Safras, gigante do universo da soja. O pedido de recuperação judicial contempla as empresas Safras Armazéns Gerais, Safras Bioenergia e Safras Agroindústria. A dívida é de R$ 1,78 bilhão.
Sperafico Agroindustrial – R$ 1,08 bilhão
Tida como uma das pioneiras do agronegócio brasileiro, a Sperafico Agroindustrial aparece na sexta posição da lista, com um passivo de R$ 1,08 bilhão. A crise do grupo paranaense começou com o colapso da Fazendas Reunidas Boi Gordo — uma das maiores fraudes do mundo agro. Boa parte da atuação do grupo, no entanto, se concentra na produção de soja.
Usina Maringá – R$ 1,02 bilhão
A recuperação judicial da Usina Maringá contempla R$ 1,02 bilhão em dívidas. O processo abrange usinas, fazendas produtoras e empresas de distribuição e transporte. Instalado no interior de São Paulo, o grupo era considerado uma referência para o setor sucroenergético.
Elisa Agro – R$ 679,6 milhões
Com uma dívida de R$ 679,6 milhões, a Elisa Agro é uma das maiores empresas de agricultura irrigada do país, com operações na região do Vale do Araguaia, em Goiás. Boa parte do passivo é de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) emitidos para financiar a expansão malsucedida da empresa.
Usina Açucareira Ester – R$ 651,7 milhões
Instalada em Cosmópolis (SP), a usina produtora de açúcar deve R$ 651,7 milhões. O pedido de recuperação judicial aponta safras mirradas, por conta de fatores como seca intensa e temperaturas baixas, como o motivo do pedido de socorro à Justiça.
Grupo AFG – R$ 505 milhões
A empresa que atuava na comercialização de grãos de milho e soja desde 2002 em diferentes estados do país apresentou pedido de recuperação judicial por conta de um passivo de R$ 505 milhões. O processo foi encerrado este ano, após a Justiça decretar a falência do grupo.
Grupo Cella – R$ 400 milhões
O Grupo Cella produz soja, milho e arroz em cidades de Mato Grosso. As plantações — somando áreas próprias e arrendadas — superam 20 mil hectares. A dívida, de R$ 400 milhões, tem bancos como principais credores.
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