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Mesmo com cenário negativo, próxima safra de soja deve chegar a R$156,7 milhões de toneladas no país

A tendência para a próxima safra é de crescimento, em comparação com a safra do ano passado

Rural | 27 de Dezembro de 2023 as 06h 53min
Fonte: O documento

Foto: Divulgação

Fortes chuvas na região sul, ondas de calor superando 40°C graus em diversos estados brasileiros atingiram diretamente o agronegócio no país e o cenário climático deve ditar as regras em 2024. Porém, para a consultoria da Biond Agro, empresa brasileira de gestão e comercialização de grãos, a tendência para a próxima safra é de crescimento, em comparação com a safra do ano passado.

O prognóstico da empresa é mais otimista do que o dos setores produtivo e a expectativa de colheita para a cultura é acima de 153 milhões de toneladas, marca alcançada pelo país em 2022.

“Nossos dados indicam para o mês de dezembro uma colheita de 156,7 milhões de toneladas de soja, esse número já foi revisado para baixo em duas ocasiões. Para 2024, prevemos um crescimento de aproximadamente três milhões de toneladas, o número reflete as complexidades na execução da cultura, visto que desenvolvimento na infraestrutura do brasil cresce a um ritmo bem menor do que a produtividade da indústria”, comenta Felipe Jordy, coordenador de inteligência e consultoria da Biond Agro.

Já no caso do milho, a situação é mais complexa de prever. A principal safra de referência na cultura do grão refere-se ao milho safrinha que é plantado logo depois da colheita da soja, contudo, as expectativas também sugerem que a safra poderá sofrer por conta do clima em sua janela produtiva, causando recortes na sua estimativa.

O clima segue sendo o principal vilão do agro brasileiro. Especialmente no Centro-Oeste, o índice de seca persiste piorando e registrando valores maiores que o histórico. Em Mato Grosso, as regiões de Sinop, Sorriso, Alto Araguaia e Campo Novo do Parecis seguem alocados em seca severa ou extrema.

“Seria ideal que com a chegada da colheita, o bom clima acompanhasse as lavouras nas fazendas, desenvolvendo normalmente as plantações e assim as mercadorias possam ser escoadas sem grandes dificuldades para os portos”, afirma Jordy.

Já o cenário mundial para 2024 é de recomposição dos estoques de produtos. É possível prever boas recuperações na oferta da região da Argentina, saindo de uma colheita de 25 milhões de toneladas, para uma produção mais normal, de cerca de 50 milhões de toneladas de soja, tendo o milho a mesma situação.

“Tudo isso acontecendo em um cenário onde a demanda pelos produtos parece retornar a uma curva de crescimento normal, principalmente se olharmos o comportamento da China. Nesse contexto, o cenário de preços deveria ter um sustento nos níveis atuais e veríamos os atores da cadeia se focando principalmente na colheita e execução”, finaliza Felipe.