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Produtividade

Mato Grosso é o Estado que mais produz carne bovina no Brasil

De acordo com o IBGE, 29,80 milhões de cabeças de bovinos foram abatidas em 2022

Rural | 16 de Março de 2023 as 08h 40min
Fonte: Gabi Braz- Redação PP

Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE

O abate de bovinos voltou a crescer em 2022, após dois anos seguidos de queda. Também se superando e alcançando recorde, a produção nacional de ovos de galinha aumentou em 1,2% no ano passado.

Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgados nesta quarta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e mostraram que Mato Grosso lidera o ranking da produção bovina, com 15,8% da produtividade nacional.

De acordo com o IBGE, 29,80 milhões de cabeças de bovinos foram abatidas em 2022, representando um aumento de 7,5% (2,09 milhões de cabeças a mais) em relação a 2021.

As fêmeas abatidas é que foram responsáveis pelo aumento de 19,1% do crescimento e da retomada, como explica o analista da pesquisa, Bernardo Viscardi.  

Com 15,8% da produção nacional, Mato Grosso continuou liderando o ranking brasileiro, seguido por São Paulo (11,5%) e Mato Grosso do Sul (11,0%). 

O Estado mato-grossense ainda ficou no topo de um outro ranking: o da recepção de peles por curtumes em 2022, com 16,6% de participação, seguido por Mato Grosso do Sul (13,8%) e São Paulo (11,1%).  Os dados são da Pesquisa Trimestral do Couro.

 

Outras produções

A produção nacional de ovos de galinha aumentou em 1,2% em relação ao ano de 2021 e ainda alcançou um recorde no ano passado: 4,06 bilhões de dúzias. Isso disponibilizou no mercado 47,71 milhões de dúzias de ovos a mais.

São Paulo registrou uma queda em 2021, mas continuou sendo o Estado responsável pela maior produção de ovos de galinha do país, com 27,1%.

Os suínos também receberam destaque no levantamento do IBGE após outro recorde: 56,15 milhões de cabeças abatidas em 2022, um aumento de 5,9% (3,10 milhões de cabeças a mais) em relação a 2021.

O aumento pode ser explicado pelo fato de a carne suína ter um custo menor e ser mais acessível que a bovina. Além dos cortes fáceis que a indústria vem produzindo, o que já eleva o consumo, as exportações dessa carne também aumentaram, de acordo com o analista da pesquisa.

Segundo Bernardo Viscari, o mercado interno é o responsável por essas marcas, já que o Brasil exporta relativamente pouco, menos de 1% da produção.

Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2022, com 28,5% do abate nacional, seguido por Paraná (20,4%) e Rio Grande do Sul (17,3%).

 

Queda na produção de leite

Em sentido contrário, a captação de leite caiu ano passado, 23,85 bilhões de litros foram colhidos, uma redução de 5,0% em relação a 2021.

Essa já a segunda queda consecutiva após um recorde na produção em 2020. Um fato que pode ser explicado pela chegada do fenômeno La Niña, que provocou seca no sul do Brasil, prejudicando as pastagens e fazendo a produção de leite cair.

Para piorar, a alta no preço do litro associado baixou a demanda do mercado interno.

Minas Gerais manteve a liderança no ranking nacional da produção, com 24,5%, seguida pelo Paraná (14,3%) e Rio Grande do Sul (13,3%). 

A pesquisa

A Pesquisa Trimestral do Abate de Animais fornece informações sobre o total de cabeças abatidas e o peso total das carcaças para as espécies de bovinos (bois, vacas, novilhos e novilhas), suínos e frangos, tendo como unidade de coleta o estabelecimento que efetua o abate sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal.

Os dados completos do levantamento podem ser acessados através da plataforma Sidra, do IBGE.