Enrosco financeiro
Em crise, Grupo Safras tem novo controlador e terá mudança na gestão
Fundo comprou ações de terceiro sócio que tinha opções de compra do controle da empresa
Rural | 08 de Julho de 2025 as 08h 37min
Fonte: Globo Rural

Num enrosco financeiro e judicial, o Grupo Safras acaba de mudar de mãos. O novo controlador é um fundo organizado pela AM Agro, de Marco Teixeira, que foi diretor financeiro da Agrogalaxy e presidiu a Superbac.
A companhia de processamento e armazenagem de grãos e produção de etanol tem uma dívida de R$ 2,2 bilhões e já tentou, por três vezes nos últimos meses, autorização da Justiça do Mato Grosso para uma RJ - que foi negada por falta de documentos obrigatórios. Sem a proteção judicial, credores têm executado garantias, tomando de máquinas à fábrica.
Os novos donos esperam conseguir uma renegociação com os credores, incluindo Caixa, BB e fundos de investimento em direitos creditórios.
A troca de controle não partiu de uma negociação direta com as famílias Moraes e Rossato, então donas do Grupo Safras e agora minoritárias. A AM Agro negociou com um terceiro, que tinha uma opção de compra do controle do Safras, numa transação feita no passado - a empresa não abre o nome e as condições da transação.
“Compramos, por meio de um fundo de special situations, um instrumento de opção para ser majoritário no grupo e exercemos essa opção”, disse Teixeira ao Pipeline. Essa opção não ficou pública na documentação da RJ - justamente barrada por falta de transparência. Para exercê-la, aí sim a AM Agro teve que se sentar com as famílias.
Segundo ele, há conversas com outros investidores para nova dívida e aporte de equity no Safras, depois que o novo controlador assumir e fizer a mudança na administração da companhia. “O potencial operacional do grupo é fantástico, numa localização estratégica. Estamos buscando levantar de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão para fazer frente às necessidades da empresa, que já teve um volume relevante mas passou o ano praticamente parada”, diz.
Apesar do otimismo com a virada do negócio, ele reconhece que a situação não é trivial, com necessidade de capital de giro, capex, falta de confiança dos produtores e desgaste com os credores. Nos últimos 15 anos, Teixeira trabalhou em reestruturações de empresas do agro e avalia que é possível o grupo aproveitar a safra do ano que vem. “O plano é é estar pronta para receber os grão a partir de janeiro”, diz o novo dono.
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