Missão Internacional
Economista de Sinop passa suas impressões sobre Angola
Terra fértil em uma nação que busca investimentos e gente para produzir comida, resume Feliciano
Rural | 09 de Maio de 2025 as 16h 21min
Fonte: Jamerson Miléski

O economista da Unemat Sinop, Feliciano Azuaga, está em Angola desde segunda-feira (5). Ele integra a missão oficial do agronegócio encabeçada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil. Nesta sexta-feira (9), o economista passou suas primeiras impressões sobre o país africano.
Segundo Azuaga, a economia de Angola é muito dependente do petróleo. O país tem muitas reservas do combustível fóssil, que por anos gerou dinheiro internacional. Nos últimos anos, com a queda nos preços internacionais do petróleo, a economia local desacelerou. Angola também passou recentemente por escândalos de corrupção governamental, o que gerou certa instabilidade. “Hoje Angola vive um momento de transição do governo”, explicou Azuaga.
Com o dinheiro que o petróleo rendeu nos anos anteriores, Angola investiu em muitos projetos industriais, especialmente a construção de plantas agroindustriais. Segundo Azuaga, parte desses projetos não foram construídos e outros não foram operacionalizados. Há indústrias de processamento de grãos e de algodão que estão prontas, mas não estão operando por falta de produto ou de conhecimento técnico.
E esse é um dos gargalos do país africano identificados pelo economista. Para Azuaga, o país não possui técnica para produtividade agrícola em larga escala. Falta gente qualificada no agro – seja para produzir em quantidade suficiente para abastecer a indústria ou mesmo para operar essas indústrias. “A maioria das empresas agrícolas que visitamos tem brasileiros trabalhando nas funções mais técnicas”, apontou Azuaga.
Sem capital para fazer investimento e sem mão de obra técnica, Angola está “rifando” suas terras para a produção agrícola. O país tem como meta gerar um excedente agrícola, tanto por questões comerciais como de abastecimento. E por isso tem buscado relações exteriores com outros países, literalmente convidando nações para conhecer suas terras e investir nelas, produzindo alimentos. Isso já está acontecendo com Americanos, Europeus e chineses. Aliás, os chineses já estão fazendo muitos investimentos em Angola. “A prioridade de Angola é para o Brasil, que é um país que tem tecnologia da agricultura tropical. O clima é muito similar ao de Mato Grosso e tem a questão da língua, que facilita a adaptação”, observou Azuaga.
O economista disse que não encontrou dificuldades para se comunicar ou mesmo se ambientar em Angola. Até a comida é similar à do Brasil. Quanto aos potenciais produtivos, Azuaga destacou a qualidade do solo africano, com baixa acidez e uma boa quantidade de matéria orgânica, fatores que tornam a produção mais barata, uma vez que não é preciso utilizar tantos insumos para corrigir a fertilidade do solo. “O clima é bom, tem vários biomas e relevos diferentes, água em abundância e energia barata”, ressaltou.
Segundo Azuaga, o resultado final da missão deve ser a formatação de acordos de cooperação entre os dois países, afim de facilitar a troca comercial. Angola acabará buscando a melhor proposta, sabendo que provavelmente virá do Brasil.
Para saber mais sobre os termos desse acordo, leia a reportagem
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