Agro
Cultivo da soja fica 1,26% mais caro e produtores esperam socorro de R$ 11 bilhões do Governo Federal
O cenário de margens apertadas poderá influenciar no investimento do produtor para o próximo ciclo
Rural | 28 de Fevereiro de 2024 as 07h 15min
Fonte: O documento
O Custo Operacional efetivo para plantar soja na próxima safra 2024/2025, que deve iniciar em setembro, é estimado em R$ R$ 5.704,70 por hectare em Mato Grosso. O montante a ser desembolsado pelos produtores rurais seja mediante os subsídios do Governo Federal por meio do Plano Safra, empréstimos e investimentos próprios são 1,26% mais caro do que foi gasto nesta safra.
“Diante dos custos elevados para a safra 24/25 e com os preços da soja futura até o momento pressionados, a situação para a próxima temporada poderá ser ainda mais desafiadora para o produtor de Mato Grosso. Analisando o Ponto de Equilíbrio para a safra, no qual foi utilizada a média da produtividade das últimas cinco safras para calcular o indicador, nota-se que o preço negociado em janeiro de 2024 da saca de 60 quilos a R$ 96,05, já não cobre o Custo Operacional, que ficou estimado em R$ 98,02 a saca”, disse o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), por meio do boletim sobre a produção de soja.
O cenário de margens apertadas poderá influenciar no investimento do produtor para o próximo ciclo, como a manutenção ou queda da área destinada para cultivo, redução nas aplicações e menor investimento em pacote tecnológico, o que pode comprometer o rendimento da safra.
Em razão da seca que afetou o plantio neste ano, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) pediu ao Ministério de Agricultura e Pecuária (SPA/Mapa) um socorro com dinheiro público de R$ 500 milhões para suportar o alongamento das dívidas dos produtores de Mato Grosso, além da criação de duas linhas emergenciais de crédito, a primeira em dólar, no montante de US$ 1,95 bilhão via BNDES, com taxa de 5,5% ao ano, mais variação cambial; e outra de R$ 1,05 bilhão de orçamento extra para equalização com recursos do Tesouro, com taxa de 7% ao ano. Eles ainda querem cinco anos de prazo, um ano de carência e sem afetar o limite e o rating dos produtores afetados, o que vai exigir celeridade na aprovação e liberação dos recursos.
A Aprosoja-MT também propõe que o Mapa como intermediário junto as tradings para discutir as cláusulas denominadas washout, uma vez que há produtores com grandes perdas e não conseguirão entregar o produto negociado. A entidade requer que “os percentuais sejam reajustados, no mínimo, aos patamares a que essas companhias são submetidas em contratos internacionais”.
O Governo Federal ainda não deu respostas sobre os pedidos, mas cogita-se que deve ocorrer ainda em março, no fim da safra de soja.
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