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Bom dia, Quarta Feira 25 de Junho de 2025

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Projeção

Brasil deve colher recorde de 123 milhões de toneladas de milho safrinha

Projeções vêm crescendo constantemente, fruto de um cenário climático adequado para as lavouras

Rural | 25 de Junho de 2025 as 07h 08min
Fonte: Globo Rural

Foto: Divulgação

A produção de milho segunda safra (ou safrinha) do Brasil pode alcançar um recorde de 123,3 milhões de toneladas no ciclo 2024/25, segundo projeções divulgadas nesta terça-feira (24/6) pelo Rally da Safra, expedição que percorre as principais regiões produtoras do Brasil, organizada pela Agroconsult.

As projeções vêm crescendo constantemente, fruto de um cenário climático adequado para as lavouras. Em maio, o número do Rally indicava a produção de 112,9 milhões de toneladas. No ciclo 2023/24, o número indicado foi de 103,1 milhões.

“A safra deverá ser espetacular por causa do clima. Em janeiro havia uma apreensão muito grande, com o plantio de soja atrasado, que empurrou a colheita da soja e plantio da safrinha. Mas a partir de abril até junho vimos chuvas generalizadas, que beneficiaram até mesmo áreas tardias de milho”, disse André Debastiani, coordenador do Rally da Safra, em coletiva.

Ele destacou o aumento nas produtividades em importantes regiões produtoras, como Mato Grosso. No maior Estado produtor do país, a produtividade foi estimada em 131,9 sacas por hectare, aumento de 11,4% se comparado com o rendimento do ciclo 2023/24.

Para a produção total de milho no país (somando 1ª e 2ª safras), o Rally estimou uma oferta de 150,3 milhões de toneladas, quase 20 milhões de toneladas a mais que na safra 2023/24.

Com o aumento considerável na produção de milho, a expectativa do Rally é que as exportações cresçam 19% neste ciclo, para 44,5 milhões de toneladas. Apesar do prognóstico positivo, Debastiani faz ressalvas.

“Esse número [das exportações] ainda está em aberto. As nossas vendas estão concentradas no segundo semestre, mas é nesse período que sofrem a concorrência do milho americano e argentino. A China também não está comprando tanto quanto o ano passado”, comentou.

Se a demanda externa ainda levanta dúvidas, o consumo local tem um cenário mais promissor. O coordenador do Rally da safra apontou a procura aquecida do setor de proteína animal, e também do segmento de etanol de milho. “O momento de demanda para o mercado interno é bom. A procura para a produção de etanol de milho cresce 10% a cada ano, com boa parte das indústrias operando muito próximo das capacidades máximas”.

 

Antonio José De Gois