Um Abreu volta a ocupar a presidência da Câmara

Com 11 dos 15 votos, Paulinho é o novo presidente do poder legislativo municipal

A presidência da Câmara de Sinop volta a ser ocupada por um membro da família Abreu. Das 10 legislaturas da história da cidade e dos 20 mandatos de presidente, em 3 ocasiões quem comandou o legislativo foi um integrante dessa família.

O mais recente, eleito na sessão ordinária desta segunda-feira (19), é Paulinho Abreu (PL). Vereador de primeiro mandato e 1º vice-presidente na atual mesa diretora, Paulinho se lançou candidato a presidente com o apoio do prefeito de Sinop, Roberto Dorner. Sua articulação trouxe o vereador Ademir Bortoli (REP), como 1º vice-presidente, Toninho Bernardes (PL), como 1º secretário e Célio Garcia (DEM), como 2º secretário.

Apesar de Paulinho ter se apresentado para disputa com uma chapa, a eleição foi individual, com os vereadores votando cargo a cargo. Isso porque Dilmair Callegaro (PSDB), lançou sua candidatura “avulsa”, sem chapa, forçando uma votação nominal. A mabora está prevista no regimento interno da Câmara.

Paulinho recebeu os votos de Ademir Bortoli, Celio Garcia, Celsinho do Sopão (REP), Juventino Silva (PSB), Lucinei Silva (PMDB), Luiz Paulo da Gleba (PROS), Moisés do Jardim do Ouro (PL), Hedvaldo Costa (REP), Graciele Santos (PT), Toninho e seu o próprio voto.

Elbio Wolkeis (Patriotas), Adenilson Rocha (PSDB), e Mario Sugizaki (PODE), votaram em Dilmair, além dele mesmo.

Com o êxito de Paulinho, o prefeito enfim conseguiu usar a sua maioria para ter seus aliados na presidência da Câmara. Na primeira metade da legislatura a articulação apoiada por Dorner conduziria Dilmair Callegaro para presidência. Compromissos empenhados não foram honrados e uma reviravolta aconteceu, elegendo Élbio.

A Casa dos Abreu

Paulinho é a mais jovem safra da família que ocupou importantes espaços políticos em Sinop. Agora, eleito presidente da Câmara, ele comandará as sessões do legislativo que ocorrem no plenário que leva o sobrenome do seu pai.

A “dinastia” Abreu começa com Jorge Abreu, pai de Paulinho, que foi o segundo presidente da Câmara de Sinop, entre 1989 e 1992. Jorge, que prosperou em sua carreira política, tornando-se deputado estadual, morreu em um acidente de avião no ano de 1998. O político foi homenageado com seu nome batizando alguns logradouros da cidade, entre eles, o plenário da Câmara de vereadores.

A primeira herdeira do legado político de Jorge foi a viúva, mãe de Paulinho, Sinéia Abreu. Ela foi vice-prefeita de Sinop entre 2001 e 2004 e se elegeu vereadora entre 2004 e 2008. Na segunda metade da legislatura conseguiu chegar à presidência da Câmara, em uma turbulenta eleição individual – e não por chapa – que resultou em uma mesa diretora com dois membros do PSDB e dois membros do MDB – na época partidos antagônicos.

Paulinho já foi diretor do Prodeurbes de Sinop durante a gestão de Juarez Costa (MDB), opositor do atual prefeito Roberto Dorner. Seu primeiro cargo eletivo é nessa legislatura.