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Boa tarde, Terça Feira 17 de Junho de 2025

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Abin paralela

PF indicia Bolsonaro, Carlos e Ramagem no esquema de 'Abin paralela'

Polícia Federal conclui inquérito sobre suposto uso de estrutura paralela na Abin para espionagem ilegal.

Política | 17 de Junho de 2025 as 09h 58min
Fonte: Redação

Reprodução

A Polícia Federal (PF) finalizou o inquérito chamado “Abin paralela” e indiciou 30 pessoas, incluindo figuras do núcleo da família Bolsonaro, acusadas de envolvimento em um esquema de espionagem com uso de softwares de rastreamento.

O relatório foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República. Entre os principais indiciados estão:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, apontado como líder da organização criminosa investigada;

  • Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente ;

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e atual deputado federal pelo PL-RJ, suspeito de coordenar diretamente as ações da “Abin paralela”;

  • Policiais federais afastados durante as investigações, além de ex-assessores do “gabinete do ódio”, como Tércio Thomaz e José Matheus Salles Gomes (“Zueiro”).

O esquema teria sido operacionalizado entre 2019 e 2022, com uso de softwares como FirstMile, desenvolvido por empresa israelense, e outros sistemas de geolocalização e espionagem para monitorar autoridades, jornalistas e opositores políticos — sem respaldo legal.

Nas apurações anteriores, a PF já identificou um arquivo com lista de procuradores contra quem Ramagem mantinha interesse e áudios entre Bolsonaro e Ramagem mencionando interferências nas investigações. Ramagem teria sugerido “procedimentos administrativos” para conter auditores da Receita Federal.

O inquérito também indicou que a estrutura paralela teria interferido em investigações sobre o esquema de rachadinha envolvendo Flávio Bolsonaro e vazado informações para influenciadores, afetando a percepção pública e possíveis processos contra aliados.

Próximos passos

Com o indiciamento, o caso segue no STF, por envolver autoridades com foro privilegiado. A Procuradoria deverá analisar a denúncia e decidir se oferece ação penal. Os indiciados têm o direito à defesa e negam a existência da suposta “Abin paralela”, chamando a investigação de conjectural.

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