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Bom dia, Domingo 06 de Julho de 2025

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Frieza incomum

Menor que incentivou namorado a matar os pais estava 'absolutamente tranquila e fez amizade com presos'

De acordo com o delegado de Polícia Civil, Matheus Soares, é comum que presos por homicídio apresentem arrependimento ou mesmo medo da prisão e de ficar preso

Política | 06 de Julho de 2025 as 10h 50min
Fonte: Unica News

Foto: Divulgação

A adolescente mato-grossense de 14 anos, que incentivou o namorado do menor da mesma idade a matar os pais e o irmão de 3 anos, no Rio de Janeiro, para ficarem juntos, não manifestou qualquer indício de medo ou arrependimento quando foi apreendida e levada para a Delegacia de Polícia Civil de Água Boa. Inclusive, enquanto aguardava transferência para o antigo Pomeri, em Cuiabá, fez amizade com outros presos.

De acordo com o delegado de Polícia Civil, Matheus Soares, é comum que presos por homicídio apresentem arrependimento ou mesmo medo da prisão e de ficar preso, emoções que não foram identificadas na menor. Pelo contrário, segundo ele, ela estava absolutamente tranquila.

“Em relação a ela, eu não percebi nenhum desses sentimentos. Ela, até o momento, se encontra absolutamente tranquila. É uma menina que criou relacionamentos com outros presos na cela, apesar de ela ficar em uma cela separada, por ser menor. Os policiais notaram que ela interagia com os outros presos. Ela apresenta uma total tranquilidade”, contou Matheus.

O triplo homicídio aconteceu no último em 21 de junho, após os pais do menor não deixarem que viajasse para Mato Grosso para conhecer a namorada. Irado, ele pegou a arma do pai e atirou contra as três vítimas, enquanto elas dormiam. Após as mortes, ele jogou os corpos dentro da cisterna da casa para ocultar os cadáveres. A avó do infrator registrou o desaparecimento da família, localizada quatro dias depois.

A menor foi identificada e ouvida pela Polícia Civil de Mato Grosso. Durante as investigações, as autoridades concluíram que a dupla planejou o crime. Em depoimento, ela confessou ter acompanhado em tempo real, através de mensagens e áudios, mas na frente da mãe, ela tentou fazer parecer que estava sendo coagida.

“No depoimento dela, pela presença da mãe, ela ainda tentou fazer parecer que ela não queria ter feito aquilo. Ela tentou transparecer no seu depoimento que ela foi meio que coagida por ele, a participar e tudo mais. Entretanto, as mensagens que ela trocava com ele, não demonstram de forma alguma que ela estava sendo obrigada a participar, ou coagida, muito pelo contrário”, contou o delegado.

O namoro

Os dois menores namoravam pela internet há seis anos. Eles se conheceram jogando Fortnite, mas nunca havia se encontrado, pois ele morava em Itaperuna, no Rio de Janeiro, e ela no município de Água Boa, em Mato Grosso. Quando começaram a planejar o encontro o menor não obteve aprovação dos pais, então o casal passou a planejar a morte da família para o adolescente pudesse se mudar para o município mato-grossense onde trabalharia em um mercado para se sustentar.

Antes que o plano pudesse ser concretizado, porém, a polícia localizou os corpos da família do adolescente, dada como desaparecida pela avó paterna. Já apreendido pela suspeita de ter assassinado os pais e o irmão, o menor confessou o crime e alegou a adolescente teria dado um ultimato para que os dois se conhecessem pessoalmente.

Apreensão da menor mato-grossense

Identificada, a adolescente foi ouvida pela Polícia Civil de Mato Grosso e, em seu depoimento à polícia, ela confessou ter acompanhado em tempo real, através de mensagens e áudios. Depois dos assassinatos, a adolescente disse estar orgulhosa que o namorado tenha feito isso “só para ficar com ela”, chegando a brincar dizendo: “Nunca pensei que alguém faria isso por mim”. Eles também discutiram várias formas de se desfazer dos corpos. Por fim, o garoto jogou os corpos dos pais e do irmão em uma cisterna.

Após o crime, os dois continuaram trocando juras de amor e fazendo brincadeiras por mensagens.

A menor foi apreendida, acusada de ter incentivado o namorado, de 14 anos, a cometer os crimes, e será transferida para o  Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino (Case Feminino), em Cuiabá — o antigo Pomeri.