Operação
Hacker preso em operação vazou quase 240 milhões de chaves Pix, diz polícia
Segundo a investigação, esse pode ser o maior vazamento de chaves do país
Política | 16 de Setembro de 2025 as 10h 45min
Fonte: Isto é

O hacker de 26 anos preso na manhã desta terça-feira (16) pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul é considerado a principal fonte de vazamentos de dados de sistemas governamentais e de segurança em todo o Brasil. Segundo a polícia, ele é o responsável por vazar cerca de 240 milhões de chaves Pix.
Conhecido como “Jota”, o suspeito é apontado como responsável pela invasão de bases extremamente sensíveis, incluindo o Sisbajud (sistema usado pelo Poder Judiciário para rastrear ativos financeiros), sistemas da Polícia Federal e até bancos de dados relacionados a investigações, reconhecimento facial e controle de voos.
Segundo a investigação, Jota teria “dumpado” um arquivo de 460 GB contendo cerca de 239 milhões de chaves Pix, um dos principais vazamentos de dados da história do país. Essas informações eram repassadas a intermediários que exploravam os dados em plataformas clandestinas e abasteciam golpistas em diferentes estados.
O esquema funcionava em camadas:
Hacker: invadia os sistemas e coletava os dados
Painelistas: compravam os pacotes de informações do hacker e revendiam em grupos de Telegram, cobrando taxas mensais de acesso
Golpistas: adquiriam as informações para aplicar fraudes contra vítimas em todo o Brasil
Segundo o delegado Eibert Moreira, o hacker cobrava R$ 1.000 por cliente para fornecer os dados. Já um dos principais painelistas, conhecido como “Menor”, vendia acessos por R$ 50 e administrava mais de 200 grupos, movimentando cerca de R$ 10 mil por mês apenas neste esquema.
A prisão ocorreu durante a terceira fase da Operação Medici Umbra, batizada de “A Fonte”, que cumpriu três mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão em Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. Mais de 50 policiais participaram da ação.
Além do vazamento do Pix, o hacker também teria fornecido informações para criminosos envolvidos em outros crimes cibernéticos, incluindo o grupo responsável por ameaçar o youtuber Felca, investigado em fases anteriores da mesma operação.
As autoridades agora investigam a extensão dos danos causados pelo vazamento e se os dados comprometidos continuam em circulação nos fóruns clandestinos da internet.
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