Clima tenso
Emenda de R$ 40 mi para entidade em Brasília gera embate entre Buzetti e Coronel Fernanda
Política | 14 de Agosto de 2025 as 14h 58min
Fonte: Deixa que eu te conto

A reunião da bancada federal de Mato Grosso, realizada em 24 de julho de 2025, revelou fissuras internas e acendeu o debate sobre como são decididas e fiscalizadas as emendas de bancada. O estopim foi a indicação de R$ 40 milhões apresentada pela deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) para uma entidade com sede em Brasília, mas com atuação declarada no estado. O nome da instituição não foi revelado.
A proposta encontrou resistência da senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), então coordenadora da bancada, que questionou a ausência de garantias concretas de que o valor chegaria, de forma efetiva, à população mato-grossense. Buzetti sustentou sua posição mesmo diante de pressões, postura que lhe rendeu ataques durante a reunião virtual, incluindo insinuações sobre sua legitimidade no cargo por ser suplente.
O clima tenso levou a um acordo : Buzetti se afastaria por dez dias da coordenação, permitindo que Coronel Fernanda assumisse interinamente e encaminhasse a emenda. A decisão foi registrada na ata oficial do encontro, que contou com a participação dos deputados federais Coronel Fernanda (PL), Coronel Assis (União Brasil), Gisela Simona (União Brasil), Emanuel Pinheiro Neto – Emanuelzinho (MDB), Nelson Barbudo (PL), Rodrigo da Zaeli (PL) e José Medeiros (PL), além dos senadores Margareth Buzetti (PSD), Jayme Campos (União Brasil) e Wellington Fagundes (PL).
O episódio expõe um problema recorrente : a fragilidade dos critérios para definir o destino de recursos de grande porte. Em 2025, a bancada de Mato Grosso decide o uso de R$ 540 milhões. Ao defender mais rigor e clareza na escolha das entidades contempladas, Buzetti trouxe à tona uma pauta que há anos é ignorada por parte dos parlamentares: a transparência plena e a prestação de contas efetiva sobre cada centavo enviado via emendas.
A senadora deixou claro que não se tratava de disputa pessoal, mas de responsabilidade com o dinheiro público. Sua atuação reforça a necessidade de que decisões desse porte sejam tomadas com base em critérios técnicos, e não apenas em articulações políticas. Em um cenário de crescente desconfiança da sociedade sobre a destinação de recursos, posturas firmes como a de Buzetti ganham relevância e expõem o quanto ainda falta para que a bancada federal de Mato Grosso coloque, de fato, o interesse coletivo acima de interesses pontuais.
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