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Polêmica

Câmara Municipal e entidades de classe apresentam moção de repúdio contra professora por ataques aos desbravadores de Sinop

A moção e notas de repúdio foram divulgadas durante a 27ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal

Política | 16 de Agosto de 2021 as 17h 14min
Fonte: Anderson de Oliveira

Foto: Divulgação

Durante a 27ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Sinop foi apresentada uma moção de repúdio à professora Lélica Elis Pereira de Lacerda, pelo conteúdo falado na audiência Púbica da última sexta-feira, (13). Lélis disparou críticas aos pioneiros da cidade. “homens brancos conseguem ser absolutamente incompetentes e não ter autocrítica nenhuma sobre eles” e “constituíram um modo de produção que está acabando com a humanidade” e que “Sinop é em si o nome do poder colonial que desconsiderou a existência de pessoas nessa terra, indígenas, quilombolas, ribeirinhas”.

A moção afirma que Lélica atacou homens e mulheres de Sinop, menosprezando o trabalho dos desbravadores que contribuíram para o crescimento da região norte de Mato Grosso. “As ofensas pronunciadas pela senhora Lélica Elis Pereira de Lacerda ferem o bom senso e a dignidade racial e cultural de vários grupos do nosso município, maculando a imagem do povo sinopense, provocando indignação e perplexidade naqueles que trabalharam muito para o crescimento desta região”, diz a moção assinada pela maioria dos parlamentares.

“Dessa forma, o legislativo sinopense, através de seus vereadores, vem em público repudiar as palavras proferidas pela senhora Lélica Elis Pereira de Lacerda, demonstrando que não se calará ou aceitará as ofensas infundadas e inverídicas aos nossos pioneiros, homens e mulheres batalhadores desta cidade” e que o “ato praticado ofendeu a sociedade sinopense...”

O presidente Elbio Wolkeis, os vereadores Paulinho Abreu, Ademir Debortoli, Dilmair Callegaro, Adenilson Rocha, Celsinho do Sopão, Lucinei, professor Mario, Célio Garcia, Juventino Silva e Toninho Bernardes assinaram o documento.

Lideranças politicas e representantes de algumas entidades de classe de Sinop participaram da sessão e viraram as costas quando a vereadora Graciele Santos (PT) fez seu pronunciamento. “Eu estou tranquila, de verdade. É um direito das pessoas virem aqui e se expressar da maneira que quiserem.” Desabafou Graciele.

Outra nota de repúdio foi divulgada pelo Sindicato Rural de Sinop “ofensas morais, regionais e desmerecimento dos pioneiros, produtores rurais e população de Sinop e região. Com atos de racismo, definido como crime pelo inciso XLII do artigo 5º da Constituição Federal;, calúnia, prevista como crime no artigo 138 do Código Penal Brasileiro; discurso de ódio e intolerância, diferenciando-se muito do que prevê nossa carta magna a respeito da liberdade de expressão”.

“Consideramos ainda a manifestação da professora Lélica Elies Perreira de Lacerda, imoral, discriminatória e um fomento de separação entre classes e raças.  A nota de repúdio requer ainda que a professora Graciele Santos (PT) faça pronunciamento de retratação sobre o ocorrido na tribuna em respeito ao povo sinopense e a história do povo migrante”. A vereadora convocou a audiência pública para tratar da PEC 32, que pretendia discutir sobre a reforma administrativa.