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Sinop

Base do prefeito articula Abreu para presidência

Grupo conta com 3 membros da atual mesa diretora, deixando o PSDB de fora

Política | 30 de Novembro de 2022 as 16h 43min
Fonte: Jamerson Miléski

Foto: Divulgação

O atual vice-presidente da Câmara de Sinop é o mais cotado para encabeçar a chapa que irá disputar a eleição da mesa diretora para o próximo biênio, com o apoio dos vereadores que integram a base do prefeito no legislativo. É em torno de Paulinho Abreu (PL), atual líder do prefeito Roberto Dorner (PRB), na Câmara, que se costura uma aliança capaz de eleger um presidente do legislativo alinhado com o executivo municipal – plano que foi frustrado na primeira eleição da legislatura, em 2021.

A eleição da mesa diretora que comandará a Câmara de Sinop no próximo biênio ainda não tem data definida. Uma alteração na lei orgânica, proposta pelo vereador Mauro Sugizaki (Podemos), conferiu autonomia ao atual presidente, Élbio Volkweis (PAT), para marcar a data da eleição da mesa. Até o momento Élbio não definiu quando será a eleição.

Enquanto isso, pretensos candidatos à presidência buscam apoio para se viabilizar na disputa. O atual presidente é um desses virtuais candidatos, assim como Dilmair Callegaro (PSDB), que foi o nome apoiado por Dorner em 2021 e acabou sendo derrotado, em partes, por Abreu ter mudado seu voto no final, integrando assim a atual mesa diretora.

Agora Abreu se reposiciona novamente, não contra, mas junto à base do prefeito. Na última segunda-feira (28), os vereadores que apoiam a chapa acompanharam o jogo do Brasil junto com Dorner. O projeto de Abreu é o mais sólido, até o momento.

Além de Abreu na presidência, a configuração da chapa até agora conta com Toninho Bernardes (PL), como 1º secretário, e Ademir Bortolli (REP), como 1º vice-presidente. O grupo conta com o apoio do atual 1º secretário, Juventino Silva (PSB), e o atual 2º vice-presidente, Célio Garcia (DEM). Além disso, já sinalizaram adesão os vereadores Moises Tavares (PL), e Celsinho do Sopão (REP). Lucinei Amaro (MDB) chegou a participar de, pelo menos, uma reunião do grupo. "O cargo de 1º secretário pode ser ocupado tanto pelo Toninho quanto por Célio. Ainda não definimos, mas será por consenso", afirmou Abreu

A chapa encabeçada por Abreu relega o PSDB ao papel de coadjuvante na Câmara e, por reflexo, na base do prefeito. O partido tem duas cadeiras no legislativo. Adenilson Rocha, dono de uma delas, foi o candidato a deputado estadual apoiado por Dorner no último pleito, tendo um forte desempenho eleitoral, com um volume expressivo de votos. Rocha não está na chapa. Abreu disse que buscou um entendimento com Rocha, mas que este teria manifestado que apoiaria Dilmair. O tucano, também procurado, teria insistido em sua candidatura.

O PSDB integra e soma apoio ao grupo de Dorner desde a eleição de 2016. Mesmo com a derrota no pleito municipal, a sigla voltou a referendar o projeto político em 2020, elegendo o atual prefeito.

Por enquanto, a tentativa do PSDB de não ficar em segundo plano se concentra na viabilização da candidatura de Dilmair, conflitante com o projeto de Élbio. Um encontro de antigos rivais, em busca de agrupar os 8 votos necessários, não é descartado.

 

Dinastia Abreu

Caso viabilize seu projeto, Paulinho pode ser o 3º membro da família Abreu a sentar na cadeira de presidente da Câmara de vereadores de Sinop - sendo o comandante das sessões do legislativo que ocorrem no plenário que leva o sobrenome do seu genitor.

A “dinastia” Abreu começa com Jorge Abreu, pai de Paulinho, que foi o segundo presidente da Câmara de Sinop, entre 1989 e 1992. Jorge, que prosperou em sua carreira política, tornando-se deputado estadual, morreu em um acidente de avião no ano de 1998. O político foi homenageado com seu nome batizando alguns logradouros da cidade, entre eles, o plenário da Câmara de vereadores.

A primeira herdeira do legado político de Jorge foi a viúva, mãe de Paulinho, Sinéia Abreu. Ela foi vice-prefeita de Sinop entre 2001 e 2004 e se elegeu vereadora entre 2004 e 2008. Na segunda metade da legislatura conseguiu chegar à presidência da Câmara, em uma turbulenta eleição individual – e não por chapa – que resultou em uma mesa diretora com dois membros do PSDB e dois membros do MDB – na época partidos antagônicos.

Terceira leva de políticos da mesma casa, Paulinho já foi diretor do Prodeurbes de Sinop durante a gestão de Juarez Costa (MDB), opositor do atual prefeito Roberto Dorner. Seu primeiro cargo eletivo é nessa legislatura.