Laço branco
ALMT promove ofensiva de combate à violência contra a mulher, liderada por Max Russi
Política | 08 de Dezembro de 2025 as 11h 12min
Fonte: Da redação

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso intensificou, nos últimos dias, a pauta de enfrentamento à violência doméstica e ao feminicídio, mobilizando diferentes frentes políticas em torno de uma agenda urgente. À frente dessa articulação está o deputado estadual Max Russi, que tem liderado debates, projetos e iniciativas destinadas a ampliar a proteção às mulheres e fortalecer a rede de atendimento no estado. Ao lado de outras lideranças, como o coronel Henrique Correia, o deputado Valdir Barranco e o deputado Carlos Avallone, mas coordenada uma série de ações integradas que envolvem campanhas educativas, parcerias institucionais e propostas legislativas com o foco na prevenção.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais oficiais da ALMT, diversos parlamentares reforçaram a gravidade do cenário e a necessidade de união entre os poderes. Max Russi destacou que a violência contra a mulher é uma realidade que exige firmeza, prioridade e políticas públicas contínuas, defendendo que o Parlamento assuma papel central na conscientização e na implementação de medidas de proteção.
Max apresentou junto à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei nº 1782/2025, que incorpora oficialmente a Campanha do Laço Branco à legislação estadual. A proposta acrescenta dispositivos à Lei nº 10.887/2019, estabelecendo que homens, instituições públicas e privadas possam atuar ativamente por meio do uso do laço branco em vestimentas, broches e materiais de divulgação, além da promoção de campanhas educativas e ações de sensibilização.
Para reforçar essa agenda, o deputado Max Russi destinou emenda parlamentar para viabilizar o evento “Laço Branco: Homens de respeito, respeitam”, que será realizado no dia 10 de dezembro, às 14h, no Allure, em Cuiabá. O encontro reunirá forças de segurança, servidores públicos e representantes da sociedade civil simbolizando o compromisso do Parlamento com o protagonismo masculino no combate à violência de gênero.
A data carrega profundo significado histórico. Em 6 de dezembro de 1989, Marc Lépine invadiu a Escola Politécnica de Montreal, no Canadá, separou homens e mulheres e assassinou 14 estudantes de engenharia. “Eu odeio as feministas”, gritou enquanto atirava. Seu alvo era claro: mulheres ocupando espaços tradicionalmente masculinos. O atentado não foi um ato isolado de loucura, mas expressão extrema da rejeição à presença feminina em ambientes de poder.
Trinta e cinco anos depois, o padrão se repetiu no Brasil. No CEFET-RJ, no Rio de Janeiro, duas servidoras foram assassinadas por um colega que não aceitava liderança feminina. Assim como em Montreal, o crime ocorreu em instituição técnica dominada historicamente por homens mais uma vez motivado por misoginia explícita.
O movimento Laço Branco nasceu em 1991 justamente após o massacre de Montreal. Homens canadenses se comprometeram publicamente a nunca cometer violência contra mulheres e a não permanecer em silêncio diante dela. O Canadá instituiu o 6 de dezembro como Dia Nacional de Combate à Violência contra a Mulher. O movimento chegou ao Brasil em 2001 e hoje está presente em mais de 55 países.
Em Mato Grosso, a urgência é ainda mais evidente. Dados da Polícia Civil registram 51 feminicídios até 26 de novembro de 2025, número superior aos 47 casos de todo o ano anterior. Segundo o Observatório Caliandra do Ministério Público, mais de 70% dos crimes ocorreram dentro da própria residência da vítima. O ano de 2025 já se aproxima da marca de 2020, quando 62 mulheres foram assassinadas. Apenas no primeiro semestre deste ano, 46 crianças e adolescentes ficaram órfãos em decorrência desses crimes.
Nesse cenário, Max Russi reforça que o Laço Branco precisa ultrapassar o simbolismo e se transformar em prática cotidiana, defendendo que homens sejam agentes de prevenção, intervenção e acolhimento.
“Homem de respeito é aquele que protege, valoriza e respeita as mulheres todos os dias”, defende o deputado.
Desconstruir a crença de que mulheres são inferiores é tarefa que começa cedo e deve ser compartilhada por todos. A dignidade humana não tem gênero. O respeito não é gentileza é direito.
Este é o chamado. Esta é a urgência. Este é o compromisso.
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