Cuiabá
Tenente acusada de morte de aluno será julgada após 4 anos
Aluno Rodrigo Claro morreu aos 21 anos após passar mal na aula prática na Lagoa Trevisan, em 2016
Polícia | 13 de Julho de 2021 as 08h 56min
Fonte: Informações G1 MT

A tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur de Souza Dechamps, acusada pela morte do aluno dos bombeiros Rodrigo Claro, de 21 anos, em novembro de 2016, em Cuiabá, será julgada nesta terça-feira (13) na 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar.
O julgamento estava previsto para acontecer em janeiro deste ano, mas foi adiado pelo juiz Marcos Faleiros a pedido da defesa de Ledur.
O julgamento será realizado de forma virtual a partir de 13h30 e tem previsão de durar até quarta-feira (14).
O estudante do curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros foi internado após passar mal em uma aula na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.
Rodrigo ficou em coma na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) de um hospital particular da capital e morreu cinco dias depois. O jovem fazia aula de instrução de salvamento quando passou mal.
A Justiça investiga se houve abusos por parte dos instrutores do curso de formação.
Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) a tenente Ledur, que era a instrutora do curso, usou de meios abusivos de natureza física e de natureza mental.
Versão da tenente
Já a tenente disse, em depoimento à Justiça, que a vítima tinha “descontrole emocional na água e não estava preparado para ser bombeiro". O curso teria sido o segundo aplicado por ela. Ledur garante que não aconteceu nada diferente nesse curso em relação ao anterior. “A diferença é a resposta do aluno”, diz.
Atualmente, ela desempenha funções administrativas. Desde a morte de Rodrigo, em novembro de 2016, Ledur apresentou vários atestados médicos.
A morte do aluno
Rodrigo morreu no dia 15 de novembro de 2016, cinco dias após passar mal em uma aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, na qual a tenente Izadora Ledur atuava como instrutora.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), Rodrigo demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios.
Ainda segundo o órgão, depoimentos durante a investigação apontam que ele foi submetido a intenso sofrimento físico e mental com uso de violência. A atitude, segundo o MPE, teria sido a forma utilizada pela tenente para punir o aluno pelo mal desempenho.
Durante a realização das aulas, Rodrigo queixou-se de dor de cabeça. Após a travessia a nado na lagoa, ele informou ao instrutor que não conseguiria terminar a aula.
Em seguida, segundo os bombeiros, ele foi liberado, retornou ao batalhão e se apresentou à coordenação do curso para relatar o problema de saúde. O jovem foi encaminhado a uma unidade de saúde e sofreu convulsões.
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