Feminicida
Réu é condenado a 31 anos de prisão por matar a noiva a facadas e terá que pagar R$ 150 mil à família
Polícia | 18 de Setembro de 2025 as 15h 46min
Fonte: O documento

O réu Wendel dos Santos Silva, 38, foi condenado pelo Tribunal do Júri a 31 anos e seis meses de reclusão pelos crimes de feminicídio em contexto de violência doméstica, cometido contra sua noiva, Lediane Ferro da Silva, 43, no dia 15 de abril de 2023.
Além disso, ele foi condenado a pagar R$ 150 mil em indenização por danos morais à família da vítima. A sentença foi proferida pelo juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara de Peixoto de Azevedo, após cerca de 6 horas de julgamento.
A condenação do réu terá início de cumprimento imediato e em regime fechado.
Ao longo da sessão de julgamento, foram ouvidos o filho da vítima, a filha do réu, uma amiga da vítima e um invetigador da Polícia Civil, sendo os três primeiros na condição de informante e o último na condição de testemunha. O réu também prestou depoimento.
A promotora de justiça Andreia Monte Alegre Bezerra de Menezes fez a acusação do réu, classificando-o, por diversas vezes, como "feminicida covarde" e reforçando que "uma imagem vale mais do que mil palavras", ao começar e encerrar sua sustentação com o vídeo que mostra o momento em que Wendel esfaqueia a vítima, na cozinha da casa dela, após uma discussão entre o casal.
Já a advogada Tatiane Ferreira argumentou que a qualificadora do motivo torpe deve ser afastada, uma vez que o ciúme alegado pela acusação não poderia ser considerado dessa forma.
Por fim, o Conselho de Sentença considerou todas as três qualficadoras apresentadas pela acusação.
Ao final da sessão, o juiz João Zibordi Lara destacou que o Poder Judiciário entregou à sociedade aquilo que é determinado pela Constituição. "Todos os direitos e deveres de todas as partes foram devidamente resguardados, exercendo o nosso papel. E conseguimos em tempo também cumprir a determinação do CNJ porque conseguimos em menos de 2 anos, em 1 ano e 5 meses, fazer esse julgamento"
A promotora de justiça Andreia Monte Alegre Bezerra de Menezes disse que sai satisfeita do julgamento. "O Ministério Público entende que de fato a justiça foi realizada, que fica um recado pra soeciedade de Peixoto de Azevedo, pra Mato Grosso e pro Brasil de que nós não vamos aceitar crimes de feminicídio ou qualquer violência doméstica contra a mulher".
A irmã de Lediane, Osmilda Albuquerque, declarou seu agradecimeento à Justiça divida e terrena que foi realizada. "Eu agradeço a Deus e à Justiça aqui da terra que foi feita, agradeço muito à promotora. As palavras dela foram dando um alívio, apesar de que a gente sofreu muito vendo aquelas imagens, foi muito difícil, meu coração está a mil, não foi fácil estar aqui, mas, agradecemos a Deus pela força que nos deu de estar aqui. É claro que a gente queria que ele pegasse mais, mas a gente sabe que com esses 31 anos e seis meses, ele vai sair com 70 anos da cadeia, então já está bom", afirma.
Osmilda ainda defendeu a honra de Lediane, que foi desqualificada pelo réu ao longo de seu depoimento. "A minha irmã, vocês podem perguntar para quem conhece ela em Peixoto, era uma pessoa bondosa!. Não é porque ela morreu ou porque é minha irmã. Lediane Ferro da Silva era uma pessoa maravilhosa!", assevera, em tom de revolta.
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