Produtores de Sinop devem ser alvos terceira fase da Operação Terra Envenenada

​​​​​​​Empresários do agronegócio compraram agrotóxicos contrabandeados, segundo investigações da Polícia Federal

Após oitivas da primeira e segunda fase da Operação Terra Envenenada, a Polícia Federal deve ouvir receptadores dos agrotóxicos comercializados ilegalmente através de uma extensa rede criminosa com conexões no Paraguai, China e Norte de Mato Grosso.

Uma fonte revelou ao GC notícias que a PF se organiza para deflagrar a terceira fase da investigação. Nessa etapa, serão cumpridos mandados de busca e apreensão contra produtores que adquiriram os produtos de forma ilícita em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

Quinze buscas e dez prisões foram executadas em 4 de agosto, na segunda fase da operação. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Mato Grosso nas cidades de Sinop, Sorriso, e Feliz Natal, além de órgãos dos outros estados acompanhados.

A PF intensificou as investigações e identificou grandes grupos de fornecedores do Nortão e nacionais, cujos líderes e integrantes foram autuados. Entre eles, o vereador de Sinop, Toninho Bernardes (PL), preso preventivamente e liberado após prestar depoimento. No dia da prisão do parlamentar, foram apreendidos documentos, agrotóxicos, além de armas irregulares. O político negou fazer parte do grupo criminoso, garantiu que os objetos não foram recolhidos em sua residência e se colocou à disposição da Justiça.

Os investigados podem responder por comercialização e transporte de agroquímicos de uso proscrito, constituição de organização criminosa, lavagem de dinheiro e outros crimes que vierem a ser descobertos. As penas variam de dois a dez anos de reclusão.