Interrogatório
Preso por matar ex-jogador de vôlei em Cuiabá muda versão e diz que arma era da vítima
A Polícia Civil disse que constinua investigando o caso com base em indícios de que o crime foi motivado por uma trama passional e vingança, envolvendo a ex-esposa de Pacheco
Polícia | 15 de Julho de 2025 as 07h 30min
Fonte: Unica News

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), cumpriu na manhã desta segunda-feira (14) o mandado de prisão contra o empresário Idirley Alves Pacheco, de 40 anos. Ele é o principal suspeito de assassinar o ex-jogador de vôlei da seleção brasileira Everton Fagundes Pereira da Conceição, de 46 anos, em um crime que chocou Cuiabá na última quinta-feira (10 de julho).
Pacheco se apresentou espontaneamente na DHPP e, em depoimento ao delegado Caio Fernando Álvares Albuquerque, titular da delegacia, apresentou uma nova versão para os fatos.
Segundo o suspeito, Everton é quem estaria armado, e ele teria tomado a arma da vítima. A colisão da caminhonete teria ocorrido e, somente depois, os disparos.
O suspeito alegou que Everton que estava armado e que ele tomou a arma da vítima, houve a colisão e depois os disparos.
Essa narrativa contrasta diretamente com as informações preliminares da polícia e com o depoimento da ex-esposa de Idirlei, testemunha-chave do caso.
Ainda em seu depoimento, Idirlei Pacheco alegou que a vítima e sua ex-esposa estariam tramando para extorqui-lo em relação aos bens da separação.
"O interrogado apresenta a versão de que desconfiou que a vítima e sua ex-esposa estavam tramando para extorqui-lo no tocante aos bens da separação”, afirmou o delegado Caio Albuquerque após ouvir o suspeito.
Pacheco também negou veementemente que o crime tenha tido motivação passional ou que houvesse ciúmes ou envolvimento afetivo entre sua ex-esposa e Everton.
"Ele refuta a questão do passional. Ele fala que não tinha ciúmes, não tinha nada", confirmou o delegado.
Apesar da nova versão do suspeito, a Polícia Civil mantém a linha de investigação que aponta para um crime passional, influenciado por ciúmes e um histórico de violência doméstica de Pacheco.
A ex-esposa do acusado possuía uma medida protetiva contra ele, expedida dias antes do homicídio, reforçando a tese da polícia. A DHPP garantiu que a alegação de extorsão será investigada a fundo no interrogatório formal de Pacheco.
Entenda o caso
O crime ocorreu no Bairro Paiaguás. Uma caminhonete VW Amarok, dirigida por Everton, bateu de frente com uma Ford F350. Motorista e frentista ouviram tiros e viram um homem (Pacheco) fugindo da Amarok. Everton foi encontrado morto a tiros no banco do motorista.
Quase ao mesmo tempo, a ex-esposa de Idirlei procurou a Delegacia da Mulher. Ela relatou que seu ex-marido havia entrado em seu veículo com uma arma apontada para a cabeça de Everton e o obrigou a dirigir em alta velocidade.
A mulher contou que os três – ela, Everton e Idirlei – haviam se encontrado em uma padaria na manhã do dia do crime para conversar. Ela não imaginava que Idirlei já havia premeditado o homicídio.
Segundo o delegado, Caio Albuquerque, Idirlei chamou Everton para levar sua caminhonete, sob o pretexto de ser um local seguro para escondê-la por débitos. Everton, amigo do casal, aceitou.
Everton dirigia, com Idirlei como carona. A ex-esposa de Idirlei os seguia em outro carro. Em um ponto do trajeto, eles pararam. Idirlei desceu para pegar pertences para a filha no carro da ex-esposa.
Ao retornar à Amarok, Idirlei adentrou o veículo já no banco traseiro, portando a arma de fogo, facilitando a rendição de Everton.
A caminhonete seguiu em "desabalada carreira", e a testemunha não conseguiu mais acompanhar devido à "extrema velocidade".
Segundo o delegado, os disparos ocorreram antes da colisão, atingindo a vítima pelas costas, possivelmente na região da cabeça.
O que falta na investigação?
Após a batida e os disparos, Idirlei foi visto fugindo. Embora tenha prometido entregar a arma do crime, as equipes da DHPP não a encontraram no percurso indicado por Pacheco. O suspeito também se apresentou sem celular.
A Polícia Civil garantiu que todas as "pontas soltas" serão investigadas. "Por óbvio, nós vamos, por outro lado, ouvir, se for o caso, reativar essa testemunha ocular, que é a ex-esposa do apontado autor para checar essas informações e também outras pessoas que saibam do acontecido", afirmou o delegado.
Idirlei Pacheco será encaminhado para audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça. O caso segue em investigação.
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