Mato Grosso
Policial que empurrou idoso dentro de banco em MT é indiciado por abuso de autoridade
Ailton Afonso Batista, de 51 anos, deve responder por abuso de autoridade e injúria real qualificada
Polícia | 08 de Setembro de 2018 as 12h 06min
Fonte: G1 MT

O investigador da Polícia Civil Ailton Afonso Batista, de 51 anos, que apareceu em um vídeo agredindo um idoso de 91 de anos após acusá-lo de furto dentro de uma agência bancária em Cuiabá, a 460 km de Sinop, foi indiciado por abuso de autoridade e injúria real qualificada. O caso foi registrado no dia 27 de julho.
Alguns dias após a agressão, o policial publicou uma retratação e pediu desculpas pelo ocorrido, citando a sobrecarga de serviço.
Segundo a Polícia Civil, a Corregedoria da instituição concluiu o inquérito na quinta-feira (6).
Além das partes envolvidas, 11 testemunhas que estavam no local foram ouvidas.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Estadual e ao Judiciário. O documento também deve ser analisado em âmbito administrativo disciplinar.
Nas imagens é possível ver o policial dando um empurrão no idoso que cai no chão. A agressão foi registrada numa agência que fica na Avenida Fernando Corrêa da Costa, na capital.
A confusão dentro da agência foi filmada por outros clientes que também estavam no local.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima e as testemunhas contaram que antes da agressão o policial já havia ameaçado o idoso com uma arma o acusando de ter roubado o cartão dele.
Depois disso, o policial teria agredido o idoso com murros no abdômen e o empurrou. Com a agressão, o idoso cai no chão.
Ainda segundo o boletim, o policial afirmou que revistaria todos que estavam dentro da agência para encontrar o cartão dele.
Ao chegar no local, a Polícia Militar não encontrou o policial que, segundo as testemunhas, deixou o local em uma viatura descaracterizada.
Pedido de desculpas
Em nota pública, o policial pediu desculpas após a agressão.
"Peço perdão à vítima e seus familiares, à minha família e à comunidade mato grossense por cometer tal insensatez. Estou convencido de que deveria ter agido com a razão, em vez de me deixar levar pela emoção", diz trecho da nota.
Em outro trecho, ele cita a sobrecarga de serviço.
"É preciso lembrar, também, que o desempenho da função policial sofre uma sobrecarga de serviço que significa trabalhar sob pressão, principalmente em um momento em que os policiais são vítimas de tamanha violência em nosso país. Porém, nada justifica a minha falha", alega o policial.
No pedido de desculpas, o policial ainda afirma que está preparado para responder pelos atos dele.
"Antes de ser policial civil, eu também sou um ser humano sujeito a erros como qualquer outra pessoa. Estou ciente do meu erro e preparado para responder pelo que fiz", finaliza.
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