PM encontra diversos explosivos em ação em Confresa

Cerca de 20 criminosos são caçados pelo crime; bando fugiu em pelo menos seis veículos

A quadrilha que tentou acessar o cofre principal da empresa de segurança e transporte de valores Brink's, na tarde de domingo (9), fez funcionários de reféns e detonou diversos explosivos no ataque. Ainda assim eles não conseguiram roubar nada.

“Detonaram muitos explosivos, mas não conseguiram violar os cofres. As únicas coisas que eles conseguiram ter acesso foram aos caixas”, afirmou o tenente-coronel Frederico Correa Lima Lopes.

Além das detonações, o bando deixou para traz 12 explosivos não detonadose, segundo o comandante do Bope, o material foi desativado na manhã desta segunda-feira (10).

Com o cerco policial, no entanto, os criminosos fugiram sem conseguir levar nada.

Segundo o comandante, as forças de Segurança Pública avaliam que pelo menos 20 criminosos façam parte do bando, que agiu em duas frentes.

Enquanto um grupo se deslocou para a empresa de transporte de valores, o outro foi para a base da PM. No local os criminosos atearam fogo.

O bando usou pelo menos seis veículos na atuação e fuga do crime e seguiram todos, a princípio, para o mesmo sentido.

“Estamos buscando informações, diligenciando para tentar interceptá-los na fuga. Eles fizeram queima de veículos para impedir que as forças policiais de Vila Rica e de Porto Alegre do Norte dessem apoio”, afirmou.

“Eles saíram todos no mesmo sentido, sentido Vila Rica, depois pegaram uma estrava vicinal”, disse.

Bombas desativadas

Foram apreendidos oito artefatos explosivos do tipo metalon a base de emulsão explosiva. 

Neste tipo de artefato, o material explosivo é colocado no interior do tubo e as extremidades são vedadas. A bomba de metalon tem sido cada vez mais usadas no País em roubos e a instituições bancárias e empresas de valores.

Além do metalon foram desativadas duas wall blaster totalizando 25 encartuchados de emulsão explosiva, 72 metros de NP 5 e 7 metros de NP 10, que são cordeis detonantes.

A wall blaster são armações para entradas táticas explosivas usadas no arrombamento com explosivos em paredes de concreto.

Ao todo foram 12 detonadores desativados com acionamento pirotécnico pelo esquadrão do Bope. 

“Foi feito o registro fotográfico para subsidiar a perícia para investigação posterior e feita a queima do material explosivo em local apropriado após desativação manual”, afirmou.

Fuga

Os criminosos fugiram e abandonaram os carros na Terras Indígenas Tapirapé e Karajá.

“Os suspeitos fugiram em direção a Vila Rica pela rodovia, mas acabaram entrando em uma área indígena, possivelmente em direção a Santa Terezinha. Em tese, pegaram uma embarcação. Nossas equipes estão fazendo buscas na região“.

O coronel explicou ainda que as polícias de Mato Grosso estão recebendo apoio a Força Área Nacional para o caso dos criminosos terem recebido apoio de alguma aeronave.

Na manhã desta segunda-feira (10), equipes da PM estiveram na aldeia onde os carros foram abandonados pelos criminosos.