Entre as vítimas, estão Paolo Guerrero, Gabriel Jesus, Ramires, João Rojas e Christian Cueva. Também foram alvos da quadrilha os atlestas:
- Cueva: peruano, passou pelo São Paulo e pelo Santos;
- João Rojas: equatoriano que atuou pelo São Paulo;
- Ramires: ex-jogador, foi meio-campo da Seleção e do Cruzeiro;
- Raniel: jogou no Vasco e Santos;
- Titi: o zagueiro jogou no Vasco e está no Goiás.
Nas investigações ainda surgiram suspeitas de fraudes nos FGTS do comentarista Paulo Roberto Falcão; do treinador Felipão; e dos jogadores Donatti e Obina.
A advogada que chefia o grupo se fez valer de contatos em agências da CAIXA localizadas na cidade do Rio de Janeiro para facilitar o levantamento dos FGTS. Ela teve a carteira da OAB suspensa.
A investigação foi iniciada após um banco privado encaminhar notícia-crime à PF acerca de uma possível fraude cometida em uma de suas agências. Uma conta bancária havia sido aberta mediante utilização de documentos falsos em nome de um jogador de futebol, com o posterior recebimento ilegal de valores advindos da CAIXA, relativos à solicitação fraudulenta de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) daquele jogador. Estima-se um prejuízo de cerca de R$ 2,2 milhões somente da conta desse atleta.
A ação foi coordenada pela Polícia Federal com apoio da Área de Inteligência e Segurança da CAIXA.
Os investigados poderão responder pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, sem prejuízo de outros delitos que possam ser eventualmente revelados no decorrer das apurações.
Quadrilha agia desde 2014
De acordo com a PF, a quadrilha vinha agindo desde 2014 em uma fraude milionária para desviar dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de jogadores do futebol brasileiro. O esquema envolve empresários do ramo, bancários, advogados e até ex-jogadores.
A quadrilha atuava de forma estruturada: primeiro, identificava atletas recém-desligados de clubes, que ainda tinham valores a receber do FGTS. Em seguida, usava assinaturas e documentos falsos para acessar o fundo junto à Caixa Econômica Federal e abrir contas em outros bancos em nome das vítimas. Por fim, os criminosos transferiam o dinheiro desviado para contas de laranjas, dificultando o rastreamento dos valores.
