Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Boa tarde, Quarta Feira 05 de Novembro de 2025

Menu

Preso

Pai confessa ter matado filho autista de 11 anos asfixiado

Davi Piazza Pinto viajou de Florianópolis para João Pessoa afirmando que queria passar tempo com o filho

Polícia | 05 de Novembro de 2025 as 14h 30min
Fonte: Power Mix

Foto: Reprodução

O menino Arthur Davi Velasquez, de 11 anos, que era autista e tinha deficiência visual, foi encontrado morto em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa, no último sábado (1º). O corpo estava dentro de um saco plástico preto e parcialmente enterrado. O pai da criança, Davi Piazza Pinto, confessou o assassinato e se apresentou à Polícia Civil em Santa Catarina, onde reside. As informações são do G1.

De acordo com o laudo inicial do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi asfixia por sufocação. Exames complementares, incluindo o toxicológico, ainda estão em análise. O corpo foi liberado no domingo (2) e sepultado na segunda-feira (3), no Cemitério do Cristo Redentor, na capital paraibana.

Segundo as investigações, o pai havia viajado de Florianópolis a João Pessoa afirmando que pretendia retomar a convivência com Arthur e ajudar nos cuidados do menino. A mãe da criança, que mora na Paraíba e está em um novo relacionamento, concordou com o reencontro. O primeiro contato entre os três ocorreu no bairro de Manaíra.

O delegado Bruno Germano informou que o menino chegou a passar momentos com o pai. “Na quinta-feira ele chegou. Na sexta, recebeu a criança para conviver com ela. Ele havia combinado de levá-la para Florianópolis por alguns dias”, relatou. Ainda segundo o delegado, o homem manteve contato com a mãe dizendo que “estava tudo bem”, porém sem enviar fotos de Arthur. No domingo (2), ele telefonou para a ex-companheira, disse que havia matado o menino, indicou onde havia ocultado o corpo e se entregou à polícia.

A investigação aponta que o homicídio ocorreu pouco tempo após o encontro entre pai e filho. Depois do crime, o homem teria colocado o corpo em um carro de aplicativo e ido até a área de mata, onde o enterrou em uma cova rasa. A polícia apura a participação de terceiros no transporte.

Muito abalada, a mãe, Aline Lorena, afirmou que não imaginava que o filho estivesse em risco. Ela contou ter organizado toda a rotina de cuidados para que Arthur ficasse bem durante o período combinado com o pai.

“Estava tudo combinado. Eu expliquei como o Arthur se alimentava, o que ele gostava de comer, preparei a roupa, deixei o fone abafador. Pedi que me avisasse se ele se irritasse, porque era uma criança autista”, relatou à TV Cabo Branco.

Aline disse ainda ter acompanhado parte do momento de reencontro e só saiu após se certificar de que o filho estava calmo. “Não imaginava nada parecido. O Arthur foi uma criança guerreira, nasceu de cinco meses, com 800 gramas. Lutamos a vida inteira por ele. Agora, cabe à Justiça responsabilizar quem fez isso.”