Operação da PF cumpre mandado em Cuiabá contra investigada por tráfico internacional de pessoas

Esquema era comandado pelo irmão da investigada. O grupo prometia às vítimas mais qualidade de vida com a prostituição na Itália

A lavagem de dinheiro de um esquema de tráfico internacional de pessoas para prostituição era feita em Cuiabá pela irmã do líder do grupo, segundo a Polícia Federal, que deflagrou nesta quarta-feira (12) a "Operação Magnaccia".

Foram cumpridos um mandado de apreensão e medidas cautelares para investigar a existência de uma rede de tráfico internacional de pessoas levadas de diversos estados do país para Napoli, na Itália.

Além de Mato Grosso, as vítimas foram identificadas no Acre, Sergipe, São Paulo e Rio de Janeiro, até o momento.

O grupo recrutava as vítimas com a promessa de melhor qualidade de vida com a prostituição na Itália.

Segundo a PF, para que as vítimas pudessem chegar no exterior sem recursos, elas teriam que pagar uma dívida de 10 mil euros antecipadamente. Esse valor seria pago gradualmente com serviços de prostituição na Europa, conforme a polícia.

Uma vez chegando no destino, as vítimas eram mantidas em alojamento descrito como insalubre, sujo e inadequado para moradia, cuja diária deve ser igualmente paga, sob a ameaçadas próprias vítimas e de seus familiares residentes no Brasil, em caso de fuga ou insurgência.

As vítimas relatam ainda que recebiam constantes ameaças para que trabalhem diariamente, independente da situação de saúde, possuindo, inclusive, uma meta mínima a ser atingida por dia.

A PF tenta identificar outros envolvidos no esquema criminoso e espera encontrar outras vítimas.