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Bom dia, Sábado 27 de Setembro de 2025

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Operação

Onze golpistas que desviaram milhões de jogadores da série A são presos em MT após golpe em cooperativa de MS

Investigados por golpes contra jogadores, agora são investigados por aplicarem um golpe de R$ 250 mil em uma agência de cooperativa. Os mandados de prisão foram cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande.

Polícia | 26 de Setembro de 2025 as 12h 02min
Fonte: Redação G1-MT

Foto: Polícia Civil de Mato Grosso

Onze pessoas foram presas em Mato Grosso, nesta sexta-feira (26), suspeitas de integrarem um grupo criminoso investigado por aplicar um golpe de R$ 250 mil em uma agência de cooperativa de Campo Grande (MS). As prisões ocorreram durante a Operação Euterpe, cumprida pela Polícia Civil dos dois estados.

Segundo as investigações, esse mesmo grupo já aplicou um golpe milionário em jogadores de times de futebol nacionais da Série A.

Nesta sexta, além das prisões, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra os investigados, em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital. O grupo responsável por orquestrar o crime também é investigado pelos crimes de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. De acordo com a polícia, os criminosos se autointitulavam “Tropa de Cuiabá”.

O delegado Ruy Peral informou que, com o dinheiro do crime, o grupo patrocinava músicas de funk para divulgar e promover os golpes, além de ostentar lucros para conseguir captar novos integrantes para a associação criminosa.

Participaram da operação a Delegacia Especializada de Estelionato de Várzea Grande, da Polícia Civil de Mato Grosso, e da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros (Garras), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

O nome da operação faz referência à deusa da música, da mitologia grega, Euterpe. A operação conjunta faz parte do programa Tolerância Zero às Facções Criminosas, do Governo do Estado de Mato Grosso.

Golpe contra jogadores

Gabigol e Walter Kannemann estão entre as vítimas dos golpistas — Foto: Gustavo Aleixo/Lucas Uebel

Gabigol e Walter Kannemann estão entre as vítimas dos golpistas — Foto: Gustavo Aleixo/Lucas Uebel

Há três meses, as policiais civis de quatro estados cumpriram mandados de prisão contra suspeitos de integrar um grupo criminoso que conseguiu desviar parte dos salários de jogadores de futebol, utilizando golpes financeiros.

Na época, a polícia informou que, entre as vítimas, estavam atletas da Série A do campeonato brasileiro, como os jogadores Gabriel Barbosa, o Gabigol, atualmente no Cruzeiro, e o argentino Walter Kannemann, do Grêmio.

À época, a polícia encontrou cerca de R$ 700 mil em espécie em uma caixa de papelão, em Cuiabá.

O esquema

Polícia faz operação contra acusados de aplicar golpes para desviar salários de jogadores

De acordo com a investigação, o grupo utilizava documentos falsos para abrir contas bancárias em nome dos jogadores. Depois, os criminosos faziam pedido de portabilidade dos salários, que passavam a cair nas contas abertas e controladas pelos golpistas.

A polícia apontou que, assim que os recursos eram transferidos para as contas, os golpistas rapidamente executavam diversas transações, além de saques e compras, para pulverizar o dinheiro e dificultar a recuperação.

A investigação aponta que os golpistas movimentaram mais de R$ 1 milhão em nome de terceiros e que parte significativa dos valores beneficiou pessoas localizadas em Porto Velho e Cuiabá.

Os suspeitos podem responder por fraude eletrônica, uso de identidade falsa, falsificação documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Somadas, as penas podem ultrapassar os 30 anos de prisão.