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Bom dia, Quinta Feira 13 de Novembro de 2025

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Denúncia

Mulher que teve seios necrosados denuncia médico por erro em MT

Médico já foi denunciado por outras pacientes

Polícia | 13 de Novembro de 2025 as 06h 21min
Fonte: Power Mix

Foto: Reprodução

Uma mulher de 50 anos denunciou o médico e tenente-coronel aposentado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Sílvio Parreira da Rocha, à 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), por suposta negligência médica. A paciente afirma ter ficado com os seios necrosados e precisado removê-los completamente após uma cirurgia de modelagem e colocação de silicone.

Segundo apuração da coluna Na Mira, o médico segue com o registro ativo e regular junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM-DF).

O procedimento foi realizado no Hospital AMMA, em Águas Claras, no segundo semestre deste ano. Após a cirurgia, a paciente desenvolveu um quadro grave de isquemia, infecção e deiscência cirúrgica, passando por duas operações de emergência para a retirada de tecidos necrosados.

Complicações e desespero

A mulher contou que decidiu realizar o implante após acompanhar uma amiga em consultas com o mesmo médico, o que lhe transmitiu confiança. No entanto, ao despertar da anestesia, ouviu o cirurgião alertar outro profissional: “Cuidado, se não arrumar isso direito, será uma tragédia.”

Nas primeiras 24 horas após o procedimento, ela apresentou queda de saturação e sinais de necrose nos seios. Apesar da gravidade, o médico teria minimizado os sintomas, dizendo que a situação era “normal”. Posteriormente, ele a encaminhou para um tratamento de cicatrização lenta, que não teve resultado.

Um mês depois, um infectologista confirmou infecção por duas bactérias — Serratia marcescens e Pseudomonas aeruginosa. Mesmo com o uso de antibióticos, o quadro se agravou. “Meu peito virou um horror”, relatou a paciente.

A situação se tornou tão crítica que outro cirurgião precisou retirar as próteses e todo o seio esquerdo, já comprometido pela necrose.

Abandono e prejuízos

A vítima afirma que o seguro médico indicado pelo próprio cirurgião não cobriu os custos das cirurgias corretivas, deixando-a sem amparo financeiro. Segundo ela, o profissional ainda enviou uma correspondência informando que não se responsabilizaria pelo caso, sob a justificativa de que a paciente teria “rompido o tratamento”.

“Essa atitude revela não apenas negligência técnica, mas desprezo pela dor humana e pelo dever médico de acompanhamento”, desabafou. “As sequelas vão muito além do físico, são emocionais, existenciais e financeiras.”

Histórico de denúncias

Ainda conforme a coluna Na Mira, o médico já havia sido denunciado por outras cinco mulheres em 2019, também por supostos erros em procedimentos cirúrgicos.

Com 32 anos de atuação, Sílvio Parreira da Rocha mantém registro ativo no CRM-DF e atendia em uma clínica particular em Taguatinga.

A reportagem procurou o Conselho Regional de Medicina do DF, o Hospital AMMA, a PMDF e a Polícia Civil do DF, mas ainda não obteve retorno. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.