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Boa tarde, Segunda Feira 16 de Junho de 2025

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Segundo dados

Mato Grosso lidera feminicídios no Brasil, aponta Mapa da Segurança Pública

Polícia | 16 de Junho de 2025 as 11h 43min
Fonte: Unica News

Foto: Divulgação

O Brasil registrou 1.459 casos de feminicídio em 2024, o que significa que, em média, quatro mulheres foram cruelmente assassinadas diariamente no país, apenas pelo fato de serem mulheres. Os dados foram divulgados pelo Mapa da Segurança Pública 2025 e colocam o Brasil entre as nações com os maiores índices de mortes de mulheres no mundo por essa razão.

O cenário é ainda mais preocupante em Mato Grosso. Conforme o relatório, o estado lidera o ranking nacional, com uma taxa de 2,47 feminicídios por 100 mil mulheres. Esta estatística supera a média brasileira e evidencia uma preocupante deficiência na proteção das mulheres mato-grossenses.

A análise dos dados revela que, dos 47 feminicídios ocorridos em Mato Grosso, 83% aconteceram dentro de casa, ambiente que, em tese, deveria oferecer segurança às vítimas. Além disso, nove dessas mulheres foram mortas na presença dos próprios filhos, resultando em 89 crianças órfãs.

Outro dado alarmante é o aumento de 200% nos crimes de lesão corporal seguida de morte, o que expõe a vulnerabilidade feminina no cotidiano e reforça a urgência de medidas que vão além dos números.

Para a deputada federal Gisela Simona (PV-MT), que atuou como relatora do Pacote Antifeminicídio na Câmara Federal, os dados são um "alerta inadiável". A parlamentar, que é advogada e defensora das causas femininas, ressalta a necessidade de transformar a legislação em ações efetivas.

Simona destaca a aprovação do Pacote Antifeminicídio, que assegurou a maior pena do Código Penal brasileiro para feminicidas: 40 anos de prisão. A lei, que entrou em vigor em outubro de 2024, visa endurecer a punição e reconhecer o feminicídio como crime autônomo.

No entanto, a deputada pondera que a pena, por si só, não é suficiente para reduzir o número de mortes. Ela enfatiza a importância da celeridade do Judiciário nos julgamentos para diminuir a impunidade e servir de exemplo.

Gisela Simona defende que a educação é a chave para combater a cultura machista no médio e longo prazo. "Passou da hora de tratarmos dessa pauta dentro da educação, porque a médio e longo prazo é na educação que nós vamos colocar fim a esta cultura machista", afirma.

A deputada também reforça que a política deve ser uma ferramenta para a transformação social, e que a sociedade não pode normalizar o abuso e a violência contra a mulher. Ela vê o Mapa da Segurança Pública como um "convite à mobilização".