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Boa noite, Quinta Feira 14 de Agosto de 2025

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A Operação Quéfren

Justiça do Ceará solta influencer de Cuiabá que divulgava ‘jogo do tigrinho’, mas veta redes sociais

Polícia | 14 de Agosto de 2025 as 18h 16min
Fonte: O documento

Foto: Divulgação

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) concedeu liberdade provisória à influenciadora digital Emilly Souza, de Cuiabá, acusada de integrar um esquema de divulgação de jogos de azar online, como o “Jogo do Tigrinho”.

A decisão, tomada nesta quarta-feira (13), impôs medidas cautelares, entre elas uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de usar redes sociais e de exercer qualquer atividade econômica ligada a apostas ou sorteios.

Os desembargadores seguiram por unanimidade o voto do relator, Sérgio Luiz Arruda Parente, que atendeu parcialmente a um habeas corpus apresentado pelo advogado Rodrigo Pouso Miranda.

Emilly foi alvo da Operação Quéfren, deflagrada em 3 de abril pela Polícia Civil do Ceará, e presa apenas em 4 de junho, na casa da mãe, no bairro Santa Terezinha, em Cuiabá. Outra investigada em Mato Grosso, a estudante de odontologia Mariany Nayara Silva Dias, de Várzea Grande, foi solta em 30 de maio.

A Operação Quéfren

Deflagrada simultaneamente no Ceará, Mato Grosso, São Paulo e Pará, a ação cumpriu 13 mandados de prisão, 17 de busca e apreensão, 23 de busca veicular, 15 bloqueios de bens e valores, além de outras medidas.

As investigações começaram em abril de 2024 e apontam a existência de uma organização criminosa transnacional que teria movimentado R$ 300 milhões em dois anos.

Segundo a Polícia, influenciadores gravavam vídeos com ganhos fictícios em cassinos online e postavam nas redes sociais para atrair apostadores. Para isso, usavam contas “demo” — que simulam apostas sem dinheiro real — e ostentavam viagens pagas pelas plataformas como sinal de enriquecimento.

O grupo também indicava outros influenciadores aos chefes das plataformas, cujos proprietários, em sua maioria, vivem na China. Os pagamentos variavam desde valores fixos pela divulgação até comissões por novos cadastros e depósitos de usuários. Agentes das plataformas eram responsáveis por contratar influenciadores e organizar festas de lançamento.