'Solução encontrada'
Governo decide militarizar escola onde aluna foi espancada por colegas
Polícia | 06 de Agosto de 2025 as 12h 35min
Fonte: Gazeta Digital

Funcionando há 75 anos no Centro de Alto Araguaia, a Escola Estadual Carlos Hugueney será militarizada. A decisão foi a “solução” encontrada pelo Governo de Mato Grosso após o episódio em que um grupo de alunas agrediu a colega de 12 anos. Vídeo circula na internet e chocou a população. As estudantes, segundo a polícia, montaram um grupo inspirado em facções criminosas, inclusive com aplicação de “salves”.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc), por meio do secretário Allan Porto, confirmou o fato. Segundo ele, os policiais da reserva já estão sendo recrutados e vão atuar diretamente nesse processo.
“A partir do momento identificado, tomamos todas as medidas administrativas. Vamos continuar com o acolhimento das famílias, dos estudantes, dos profissionais da educação e determinamos que a unidade seja transformada em cívico-militar", disse Porto.
Ele ainda contou que já conversou com a diretora da escola e que ela está "100% de acordo" com a decisão. A escola modelo cívico-militar combina gestão da educação com a participação de militares na organização e disciplina do ambiente escolar.
Porto ressaltou que hoje, Mato Grosso conta com 130 escolas militares. Disse ainda que a Seduc conta com 350 profissionais, entre psicólogos e assistentes sociais - que atuam na mediação escolar e têm como objetivo promover a cultura de paz dentro das unidades, em parceria com o Ministério Público.
"Então, a gente vai continuar avançando e forte nessas intervenções e não vamos permitir que nenhuma escola do Estado de Mato Grosso tenha qualquer tipo de organização nesse sentido", finalizou o secretário.
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Caso
Conforme divulgado, ao menos 20 estudantes foram identificados como membros de um grupo criado inspirado nas facções criminosas e que estava atuando dentro da Escola Estadual Carlos Hugueney.
O fato foi descoberto após uma aluna de 12 anos ser brutalmente agredida por 4 estudantes. O episódio, que tem características de um “salve” - castigo aplicado pela fação, foi registrado em vídeo e espalhado online. O espancamento teria acontecido após a menina descumprir uma das regras do grupo.
Delegado da cidade, Marcos Paulo Batista de Oliveira, contou que assim que recebeu o vídeo convocou as alunas identificadas. Elas foram ouvidas e relataram a existência do grupo. “Talvez, inspirados por essa ‘bandidolatria’, resolveram ali entre eles criar um grupo, definindo regras, líder, disciplina, copiando mais ou menos o que ocorre dentro das facções criminosas”, disse.
Oliveira destacou que a menina foi agredida de forma covarde. “A vítima teria descumprido uma das regras criadas pelo grupo, uma delas, por exemplo, é que durante a agressão não pode chorar, se chorar, a agressão é ainda maior”.
Internação
A investigação da Polícia Civil já foi concluída. A 1ª Vara de Alto Araguaia determinou a internação de 3 das 4 adolescentes envolvidas no episódio. De acordo com as informações, a decisão é desta quarta-feira (6). Agora, as menores vão cumprir medida socioeducativa em Cuiabá.
Foi explicado ainda que, apesar de 4 menores estarem envolvidas diretamente na agressão, uma delas, de 11 anos, tem impedimento legal para a aplicação da medida, conforme Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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