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Boa noite, Domingo 16 de Novembro de 2025

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Usou nota frias

Funcionário da Bom Futuro diz que se arrepende ao confessar desvio de R$ 15 milhões

Welliton Gomes Dantas admitiu ter aproveitado brechas no sistema para aplicar o golpe em parceria com empresário do setor de transportes.

Polícia | 17 de Novembro de 2025 as 07h 30min
Fonte: Repórter MT

Foto: Montagem/RepórterMT

O funcionário Welliton Gomes Dantas, que confessou participar do esquema que desviou quase R$ 15 milhões da empresa Bom Futuro, disse que se arrepende durante depoimento à Polícia Civil. Com mais de 13 anos de casa, ele acrescentou que esse foi o seu primeiro emprego de carteira assinada.

“Existem vários tipos de erro, do perdoável até o não perdoável. Imagino que o meu é [do tipo] não perdoável, vamos dizer assim. Vou ter que cumprir minha sentença. Eu queria deixar o registro que independente da mágoa que principalmente os chefes da Bom Futuro, com quem eu tinha contato direto, vão ter comigo, eu realmente aprendi muito lá na parte de serviços mesmo. Foi o meu primeiro serviço de carteira assinada”, afirmou.

“Agradeço a eles pela oportunidade que nunca mais eu terei”, acrescentou.

O esquema funcionou por quase dois anos e contava com a participação do empresário Vinícius de Moraes Sousa, sócio da VS Transportes Bovinos, que também foi preso.

Welliton, que recebia cerca de R$ 7 mil mensais, disse ter se aproveitado de “brechas” nos sistemas da empresa para iniciar a fraude. Ele e o empresário decidiram “testar” uma forma de burlar documentos fiscais.

Como os transportes eram realizados dentro do Estado, não havia exigência do CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico), documento que comprova o serviço e o valor cobrado.

Mesmo assim, o sócio da transportadora emitia o CT-e, enviava ao sistema da Bom Futuro e Welliton autorizava o pagamento para a VS Transportes Bovinos. Depois, os dois dividiam os valores.

Segundo a Polícia Civil, a fraude foi descoberta após uma auditoria interna identificar o rombo milionário. Welliton foi preso em flagrante no momento em que emitia uma nova nota de R$ 200 mil, que também seria parcialmente desviada.