Investigações
Filhos são presos suspeitos de mandar matar fazendeiro para ficar com herança bilionária
Prisões ocorreram em Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Investigação aponta que filhos e comparsas planejaram crime para impedir que patrimônio de R$ 1 bilhão fosse transferido a uma holding
	  
	  Polícia | 31 de Outubro de 2025  as 07h 45min
     Fonte: Redação G1

Dois filhos do fazendeiro e empresário Jefferson Cury, de 83 anos, foram presos suspeitos de serem os mandantes do assassinato dele, ocorrido em novembro de 2023, em Quirinópolis, no sudoeste do estado. O crime, segundo as investigações, foi motivado pela herança bilionária da vítima.
De acordo com o delegado Adelson Candeo, além dos dois filhos, também foram presos um corretor de imóveis e três funcionários que trabalhavam para o fazendeiro. As prisões ocorreram nesta quarta-feira (29) em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Ainda há um suspeito de ser o executor dos disparos, que não foi identificado até o momento.
Segundo o delegado, Jefferson planejava transferir todo o patrimônio, avaliado em cerca de R$ 1 bilhão, para uma holding, o que excluiria os filhos da linha sucessória. A assinatura do novo testamento estava marcada para 29 de novembro de 2023, um dia após o assassinato. “Os filhos nunca tiveram relação afetiva com o pai, mas estavam ansiosos pelo dinheiro. É uma ânsia absurda por um patrimônio que ele construiu com muito trabalho”, afirmou Candeo.
"Os filhos queriam dinheiro. Eles chegam a ajuizar uma ação de interdição 60 dias antes do crime e, como não conseguem a liminar que esperavam, a situação se agrava. O senhor Jefferson pretendia assinar um testamento repassando todo o patrimônio para uma holding, da qual os filhos não eram sócios. Ele é morto um dia antes de formalizar esse documento.”
Entenda o caso
O crime aconteceu por volta das 22h20, quando Jefferson e seu advogado foram abordados em uma propriedade rural às margens da GO-206. O fazendeiro morreu com um tiro no rosto, enquanto o advogado sobreviveu após ser baleado na cabeça. Segundo a investigação, um dos suspeitos chegou a dizer, logo após os disparos: “Agora a dívida está paga”, em referência a um débito de R$ 1,7 milhão do filho de um caseiro com o empresário.
Candeo explicou ainda que o corretor de imóveis preso lucraria ao menos R$ 50 milhões com a venda de fazendas após a morte do fazendeiro. “Ele já havia ganho R$ 12 milhões em apenas uma ligação, revendendo terras herdadas pelos filhos”, disse.
A polícia também apontou que o casal de caseiros e o filho deles participaram do crime, auxiliando na logística e repassando informações sobre os horários da vítima. Jefferson foi morto um dia antes de assinar o testamento que consolidaria a transferência de todo o patrimônio para a empresa. “É um caso comparável a Suzane von Richthofen, mas de forma mais intelectualizada, pelo grau de planejamento e pela motivação financeira dos envolvidos”, destacou o delegado.
"Eles sequer foram ao velório do pai. Enquanto a Polícia Militar ainda registrava a ocorrência, um dos filhos já assinava documentos do inventário. Isso mostra a ânsia absurda pelo patrimônio que Jefferson construiu ao longo da vida.”
Após o assassinato, os filhos não teriam esperado nem o fim da ocorrência registrada pela Polícia Militar para assinar documentos do inventário. A operação da Polícia Civil, chamada Testamento, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O inquérito deve ser concluído em até 30 dias.
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