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Julgamento

'Espero que agora Rodrigo descanse em paz', afirma mãe de soldado morto após treinamento

A família de Rodrigo Claro que reside em Sinop irá para Cuiabá para participar do julgamento

Polícia | 22 de Setembro de 2021 as 15h 29min
Fonte: Gazeta Digital (GD)

Foto: Chico Ferreira

“Espero que agora eu possa descansar e o Rodrigo também”, desabafa Jane Claro, mãe do soldado do Corpo de Bombeiros Rodrigo Claro. Está marcado para quinta-feira (23) o julgamento da tenente Izadora Ledur, acusada de tortura que levou à morte do rapaz em 2016.

A audiência de julgamento já foi marcada e adiada várias vezes por diversos motivos. O que torna o processo ainda mais doloroso para a família, que vê seu desejo de Justiça cada dia mais distante de ser atendido.

“Meu coração está num misto de ansiedade, nervosismo, confiança. Mas acho que confiança é o que predomina nesse momento. Que isso chegue ao fim, para que a gente possa sentir o dever cumprido. Para que tudo possa se resolver a gente descansar. Também permitir que o Rodrigo também descanse em paz", relata a mãe ao GD.

A família de Rodrigo Claro mora em Sinop (500 km ao Norte) e vem a Cuiabá participar do julgamento, que ocorre na 11ª Vara Criminal Militar, sob presidência do juiz Marcos Faleiros.

Desde a morte do soldado, a oficial só foi ouvida uma vez em juízo. Ela declarou que não agiu de forma irregular e ressaltou a dificuldade do rapaz.

Ela apresentou vários atestados médicos para justificar a impossibilidade de depor e também tentou promoção ao cargo de capitã na corporação, mas não foi aprovada.


O caso
Rodrigo Claro morreu em 15 de novembro de 2016, 5 dias após ser internado em hospital particular de Cuiabá.

Ele participava de treinamento de salvamento aquático na Lagoa Trevisan, curso do qual a oficial era instrutora. Conhecida por sua conduta enérgica e até agressiva, a tenente teria perseguido o soldado, sabendo da dificuldade que ele apresentava durante o treinamento.

No curso, o jovem passou mal após sofrer vários “caldos” e foi impedido pela tenente de deixar a aula, mesmo relatando o mal estar. Já sem forças para continuar, ele saiu do treinamento e foi buscar socorro médico.

Da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Verdão, ele foi encaminhado para o Hospital Jardim Cuiabá, onde faleceu.