Histórico de problemas
Empresário que destruiu deck do restaurante Haru é preso por agressões à ex-esposa
As denúncias levaram o Judiciário a decretar, nesta terça-feira (09), a prisão preventiva do empresário por descumprimento reiterado de medidas protetivas
Polícia | 10 de Dezembro de 2025 as 15h 46min
Fonte: Repórter MT

A ex-esposa do empresário José Clóvis Pezzin de Almeida, 33 anos, conhecido como Marlon Pezzin, relatou à Polícia Civil ter vivido um ciclo contínuo de agressões, ameaças e chantagens ao longo do relacionamento. Ela conseguiu medidas protetivas contra o ex-marido que acabou preso na terça-feira (09), após série de descumprimentos. A prisão preventiva do empresário foi proferida pelo juiz plantonista Jean Garcia de Freitas Bezerra, no domingo (07).
Segundo a vítima, as agressões começaram ainda no início do relacionamento e se repetiram durante anos. Ela afirma ter sido alvo de humilhações, xingamentos, ciúmes obsessivos, ameaças de morte e ataques físicos com socos, chutes e empurrões. A vítima contou também que as ameaças se agravavam a cada tentativa de término.
Entre os episódios narrados pela ex-companheira na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM), estão agressões com socos e chutes, perseguições, destruição de objetos, impedimento de saída de casa e intimidação com arma de fogo. Em um caso, o empresário teria provocado um acidente de carro que causou fraturas na vítima.
A jovem contou ainda que teve seu nome usado em dívidas e compras feitas pelo agressor e que, sempre que tentava romper o relacionamento, era alvo de chantagens com imagens íntimas, mensagens ameaçadoras e tentativas de obter documentos e informações pessoais para pressioná-la.
O histórico do agressor também pesou na decisão. Marlon acumula mais de 15 boletins de ocorrência por crimes diversos.
Histórico de agressões
Marlon Pezzin é acusado de ter agredido uma outra ex-namorada com socos, em uma residência no bairro Santa Marta, em março de 2022. Conforme o boletim de ocorrência, a vítima foi socorrida por amigas e encaminhada ao Hospital Santa Rosa, apresentando diversos hematomas no rosto e no corpo.
Na ocasião, a jovem foi socorrida por amigas e levada ao Hospital Santa Rosa, com hematomas no rosto e pelo corpo. Na época, imagens divulgadas mostraram as bochechas marcadas, um dos olhos roxo e lesões nos braços.
À Justiça, o empresário alegou sofrer de distúrbios psiquiátricos e fazer uso de medicamentos controlados. A defesa afirmou que, no dia das agressões de 2022, ele teria ingerido bebida alcoólica, o que teria potencializado os remédios e o levado a uma suposta incapacidade de compreender o caráter ilícito de suas ações. Ele diz não se lembrar dos fatos.
Após o episódio de 2022, Marlon chegou a ficar cerca de um mês preso no Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC). Agora, com a nova decisão, ele voltou a ter a prisão preventiva determinada e está à disposição da Justiça.
Histórico criminal
O nome de Marlon Pezzin já aparece em outras ocorrências policiais. Em 2021, ele se envolveu em uma confusão em uma boate da Capital, onde foi acusado de agredir uma mulher com um soco. Na ocasião, conforme registros, ele ainda teria sacado uma arma e efetuado ao menos oito disparos em diferentes direções da Avenida Isaac Póvoas, antes de fugir.
Em janeiro deste ano, o empresário também esteve envolvido em um grave acidente de trânsito, durante um suposto racha na Estrada da Guia. Ele conduzia um Porsche amarelo e bateu na traseira de um Volkswagen Fox, dirigido por Gabriel de Paula Parabas Feitosa, de 20 anos, que foi socorrido e internado em estado grave no Hospital Municipal de Cuiabá.
Operação Hades
Marlon também foi um dos alvos da Operação Hades, deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas, que cumpriu 307 ordens judiciais em 17 estados, sendo 79 mandados de prisão e 228 de busca e apreensão.
Em Mato Grosso, além dele, outras duas pessoas também tiveram mandados de prisão expedidos. As equipes cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande, Vila Bela da Santíssima Trindade e Chapada dos Guimarães.
Segundo a Polícia Civil de Alagoas, a investigação teve início em março de 2021, conduzida pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco), para apurar a atuação de dois casais envolvidos em atividades ilícitas, ligados a facções criminosas e a um complexo esquema de lavagem de dinheiro.
Confusão no restaurante Haru
Em junho deste ano, Marlon foi indiciado por dano qualificado, tentativa de homicídio com dolo eventual e omissão de socorro, após destruir um deck em frente ao restaurante Haru Cozinha Oriental, na Praça Popular, em Cuiabá.
O episódio ocorreu no dia 24 de maio, após uma confusão iniciada dentro do restaurante, na fila do banheiro. Câmeras de segurança registraram o início da discussão. Após deixar o local, o empresário retornou em um veículo e colidiu propositalmente contra o deck do estabelecimento.
Por meio de nota, o restaurante afirmou que se tratou de uma situação isolada e que adotaria as medidas cabíveis.
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