Delegado conclui inquérito e diz que influencer foi decapitada enquanto ainda estava viva

Vítima foi sequestrada horas antes de ser assassinada pelos faccionados

A Polícia Civil concluiu nesta quinta-feira (12), o inquérito de investigação sobre a morte da cantora e influencer Santrosa. A vítima, que é transexual, foi decapitada por membros da facção criminosa Comando Vermelho enquanto ainda estava viva em Sinop.

A informação foi dada pelo delegado Bráulio Junqueira, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (Dhpp), em entrevista a TV Super Sinop. “Um dos envolvidos executou ela com uma faca, com ela ainda em vida, e eles nem mataram ela antes de decapitar. Ai você imagina o desespero”, contou.

Conforme Junquera, o caso já está resolvido e deve pedir pela representação criminal na Justiça de dois adolescentes, de 17 anos, que já estão apreendidos e três maiores de idade, que estão foragidos.

“Hoje fizemos o fechamento e pedimos a representação das prisões e internações porque tem menores envolvidos. Foram cumpridos seis mandados de buscas e cinco de prisão. Um dos envolvidos é muito próximo dela e foi quem pegou ela em casa no banheiro e quanto ela tomava banho. Olharam celular, bateram na vitima. Eles relataram que pegaram fotos de drogas, de conversas com outros faccionados de outra facção e esse teria sido o motivo”, contou o delegado.

Os menores relataram em depoimento que Santrosa, já havia inclusive, levado ‘salve’ pelo mesmo motivo e que por isso, após eles passarem a informação encontrada no celular da cantora, o chefão, que ainda não foi identificado, deu a ordem de execução.

“Eles levaram a vitima para a chácara e ficaram com ela 4h ate o escurecer. Ela foi executada no mesmo lugar onde foi desovada. Então, nós já temos a motivação, autoria e as circunstâncias. Fechamos tudo, já resolvemos o caso, só é questão de formalizar”, informou.

Santrosa tinha 27 anos e estava desaparecida desde a manhã do dia 9 de novembro, quando foi vista pela última vez. A artista tinha compromisso marcado, mas faltou no show, horas antes de reaparecer morta. Artista trans, a vereadora suplente dividia nas redes sociais sua rotina de cantora, empresária dona de uma produtora artística e política em Sinop.