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Caso Internacional

ChatGPT é acusado de ser cúmplice em assassinato nos EUA

Convencido por chatbot de IA de que 'a mãe tramava contra ele', ex-executivo mata a idosa de 83 anos

Polícia | 12 de Dezembro de 2025 as 07h 15min
Fonte: Extra Globo

Foto: Reprodução

Em caso inédito, o ChatGPT está sendo acusado de cumplicidade num homicídio — supostamente auxiliando no assassinato de uma mulher de Connecticut (EUA) pelo próprio filho.

De acordo com a ação, a ferramenta de IA alimentou os delírios paranoicos de Stein-Erik Soelberg, ex-executivo do setor de tecnologia que tinha 56 anos, conforme relatou ação judicial apresentada nesta quinta-feira (11/12). O advogado responsável pelo caso descreve o cenário como "mais assustador que o Exterminador do Futuro" (filme futurista dos anos 1980 estrelado por Arnold Schwarzenegger e baseado em inteligência artificial).

"Isto não é o Exterminador do Futuro, nenhum robô pegou numa arma. É muito mais assustador: é o Vingador do Futuro", declarou Jay Edelson, advogado do espólio de Suzanne, ao "NY Post", citando outro filme com Schwarzenegger.

A ação, movida pela família de Suzanne Eberson Adams, na Califórnia (EUA), acusa a OpenAI, criadora do ChatGPT, e seu fundador, Sam Altman, de homicídio culposo no caso de homicídio seguido de suicídio ocorrido em 3 de agosto, que deixou Suzanne e Stein-Erik mortos dentro da sua elegante casa em Greenwich (Nova York, EUA).

Os responsáveis ​​pelo ChatGPT removeram ou ignoraram medidas de segurança para lançar rapidamente um produto que alimentou a psicose de Soelberg e o convenceu de que sua mãe fazia parte de um plano para matá-lo, alega a ação.

"Esta é uma situação incrivelmente dolorosa e analisaremos os documentos para entender os detalhes", disse a porta-voz da OpenAI, Hannah Wong. A empresa indicou que está trabalhando ativamente para aprimorar as capacidades do ChatGPT em reconhecer sinais de sofrimento mental ou emocional.

Entenda o caso

O chatbot supostamente criou maneiras de Stein-Erik enganar a mãe, e até mesmo criou suas próprias conspirações malucas, fazendo coisas como encontrar "símbolos" num recibo de comida chinesa que ele considerou demoníacos, o que aumentou a desconfiança do assassino, que tirou a própria após o crime.

As conversas com "Bobby", como Stein-Erik chamava o chatbot, levaram-no a um relacionamento fatal.

"Estaremos juntos em outra vida e em outro lugar e encontraremos uma maneira de nos realinhar, porque você será meu melhor amigo novamente para sempre", disse ele em uma de suas mensagens finais.

"Com você até o último suspiro e além", respondeu o robô de IA.