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Crime brutal

Chacina em bar de Sinop completa 2 anos

Setes pessoas foram mortas à tiros; uma das vítimas tinha apenas 12 anos

Polícia | 21 de Fevereiro de 2025 as 11h 11min
Fonte: Franciele Vieira com MPMT

Foto: Reprodução

A chacina em Sinop completa dois anos nesta sexta-feira (21). Na ocasião, sete pessoas, sendo que uma das vítimas tinha apenas 12 anos, foram mortas à tiros em um bar localizado no bairro Jardim Lisboa.

De acordo com investigações, as vítimas estavam no estabelecimento onde ocorria apostas de jogo de sinuca, quando dois homens chegaram no local em uma caminhonete, e em posse de uma espingarda calibre 12 e uma pistola calibre 380 ordenaram para que eles encostassem na parede e passaram a efetuar os tiros. Assustada com os disparos, a menina de 12 anos, tentou correr, mas foi baleada nas costas.

As vítimas foram identificadas como Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos, Elizeu Santos da Silva, de 47 anos, Josué Ramos Tenório, de 48 anos, Adriano Balbinote, de 46 anos, Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos e Larissa Frasão de Almeida, de apenas 12 anos, filha de Getúlio.

Antes de fugirem, os suspeitos ainda pegaram uma bolsa e o dinheiro que foi usado nas apostas. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança do próprio estabelecimento.

Buscas

A Polícia Militar foi acionada e durante apuração conseguiu chegar na identificação dos suspeitos, que momentos antes do crime, estavam no local participando das apostas, e que teriam ficado furiosos após perderem algumas vezes.

Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, foram identificado como os autores do crime — Foto: Reprodução

Com os nomes de Ezequias Souza Ribeiro e Edgar Ricardo de Oliveira, e suas características, os policiais iniciaram buscas, e na tarde do dia 22 conseguiram localizar Ezequias em uma região de mata localizada nas proximidades do Aeroporto Municipal de Sinop.

Conforme consta no Boletim de Ocorrência, o suspeito teria apontado uma arma para os militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), sendo baleado. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu logo após dar entrada no hospital.

Já o segundo suspeito, Edgar foi preso por policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no dia 23 e, uma residência no bairro Jardim Califórnia. Ele foi conduzido à delegacia e posteriormente transferido para o presídio “Ferrugem”. Atualmente cumpre pena na Penitenciária Central do Mato Grosso, em Cuiabá

A princípio Edgar iria a júri popular no dia 18 de junho de 2024, porém a data foi remarcada para o dia 05 de novembro. O promotor de Justiça, responsável por atuar no caso, informou ao juízo que neste período estaria de férias e por conta disso a data foi novamente alterada para a manhã de 15 de outubro.

Julgamento

Na sessão de Tribunal do Júri que durou cerca de 13 horas, o réu Edgar Ricardo de Oliveira foi condenado a 136 anos, três meses e 20 dias de reclusão e ao pagamento de 31 dias-multa pelo homicídio qualificado das setes vítimas.

O Conselho de Sentença acolheu a tese do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e reconheceu que o réu foi um dos autores da chacina que ocorreu em fevereiro de 2023. A sentença estabeleceu ainda pagamento de indenização no valor de R$ 200 mil, a serem divididos equitativamente entre as famílias das vítimas. Atuou no júri o promotor de Justiça Herbert Dias Ferreira.

Na decisão, Edgar foi condenado seis vezes por homicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de meio cruel e que resultou perigo comum, mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas; uma vez por homicídio qualificado nos mesmos moldes, contra vítima menor de 14 anos; além de furto qualificado e roubo majorado.

O condenado, que se encontra segregado na Penitenciária Central do Estado (PCE), iniciou o cumprimento da pena em regime fechado. Durante o julgamento por videoconferência o acusado afirmou que pretende recorrer.