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Inquérito concluído

Carlinhos Bezerra é indiciado por homicídio qualificado, perseguição majorada e feminicídio

Inquérito foi concluído nesta sexta; Carlos Alberto Bezerra está preso desde o dia 18 deste mês

Polícia | 27 de Janeiro de 2023 as 20h 01min
Fonte: Redação RDnews

Foto: Reprodução

Polícia Civil indiciou Carlos Alberto Gomes de Bezerra, de 57 anos, por homicídio qualificado e perseguição majorada pelos assassinatos de Thays Machado e Willian César Moreno, ocorridos no dia 18 de janeiro, em Cuiabá. O indiciado é filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB) e está preso. O inquérito foi conluído nesta sexta (27) e apontou homicídio qualificado por feminicídio, motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.

O delegado responsável pela investigação, Marcel Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá, encaminhou o inquérito ao Poder Judiciário e Ministério Público Estadual para a sequência dos atos de persecução penal.

Thays e seu namorado, Willian, foram mortos na tarde do dia 18 de janeiro, na frente de um prédio residencial no bairro Consil, na Capital, pelo ex-namorado da vítima, que atirou seis vezes contra o casal, atingindo cada vítima com três disparos fatais. O casal morreu na calçada do prédio, a poucos metros um do outro.

O autor do duplo homicídio foi preso em flagrante horas depois do crime, em uma fazenda na região do município de Campo Verde, por equipes da Polícia Civil que realizaram diligências contínuas a fim de esclarecer o crime e a autoria. Com ele foi apreendida a arma usada nos homicídios.

Perseguição

A investigação apontou que Carlos Alberto Bezerra perseguia Thays insistentemente e, no dia do crime, no meio da madrugada, teria seguido a vítima depois que ela saiu do Aeroporto Marechal Rondon, onde foi buscar Willian.

Era 3h55 da madrugada de 18 de janeiro quando Thays fez contato com o Ciosp pelo número 190 e relatou, em desespero, que estava na Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) quando foi seguida pelo autor dos homicídios. Ela contou ainda que ele costumava andar armado. A vítima recebeu ainda orientação para procurar a Delegacia da Mulher e foi solicitado que entrasse em contato caso fosse necessário.

Na tarde do mesmo dia, Thays e seu atual namorado foram mortos na calçada do edifício Solar Monet, onde mora a mãe da vítima. Ela tinha ido ao local para deixar o carro da mãe na garagem e, ao sair na portaria para aguardar a chegada de veículo de transporte por aplicativo, foram surpreendidos pelo indiciado, que conduzia um Renault Kwid, e fez os disparos.

A investigação da DHPP apurou que, no início do ano, Thays recebeu diversas mensagens no celular do autor dos homicídios, que se mostrava inconformado com o fim do relacionamento, agindo com grosseria e perseguição contra a vítima na tentativa de reatar a relação.

Depoimentos colhidos pelo delegado Marcel Oliveira demonstram que, mesmo após terminar o relacionamento de dois anos que teve com o indiciado, Thays dizia que achava que estava sendo seguida, o que foi comprovado com o ato na madrugada do dia 18 de janeiro. Ela ainda havia relatado ainda ao irmão que, durante o relacionamento, o criminoso sempre se mostrou uma pessoa ciumenta e possessiva.

Com todo o material probatório reunido no inquérito, o delegado aponta que as vítimas não esperavam esse tipo de retaliação, pelo novo relacionamento que estava sendo construído. “Mas a motivação do crime está relacionada ao sentimento de posse e vingança pelo fato da vítima Thays estar no novo relacionamento, fato que não era admitido pelo homicida e feminicida”, destacou o delegado Marcel Oliveira.