'Superaprovada'
‘Campeã de concursos’ é investigada pela PF por suspeita de fraudes em seleções públicas
Pernambucana de 31 anos é apontada como uma das possíveis clientes de organização criminosa que burlava provas de concursos públicos
Polícia | 07 de Outubro de 2025 as 12h 13min
Fonte: Unica News

currículo de Laís Gisely Nunes de Araújo, uma concurseira pernambucana de 31 anos, parecia digno de um prodígio: aprovações em Medicina e Direito em universidades federais, um cargo de assistente administrativo em instituição federal de ensino e, mais recentemente, a almejada vaga de Auditoria Fiscal do Trabalho por meio do Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024.
No entanto, a carreira meteórica da “campeã de concursos” desmoronou e agora é alvo de uma minuciosa investigação da Polícia Federal (PF). As autoridades federais apontam que as múltiplas vitórias em certames de alta complexidade são, na verdade, indícios de um esquema de fraude coordenado por uma organização criminosa.
O ponto de virada: CNU 2024
O perfil de "superaprovada" de Laís já estava sob investigação desde 2022, acumulando 14 registros de suspeitas de fraude. Contudo, foi a sua aprovação no CNU 2024 que ligou o alerta máximo na PF.
A análise técnica revelou que o gabarito da candidata era idêntico ao de Wanderlan Limeira de Sousa, um ex-policial militar apontado como líder da organização criminosa especializada em fraudar concursos públicos.
Especialistas em estatística apontam que a coleção de aprovações em áreas tão diversas (Medicina, Direito e Auditoria Fiscal) já é estatisticamente improvável. A coincidência do gabarito com o de um fraudador conhecido tornou-se, para a PF, um “indício forte” de participação no esquema.
A hipótese da PF: Laís era uma 'cliente'
A investigação aponta para a hipótese de que Laís Gisely Nunes de Araújo fosse uma das “clientes” do grupo criminoso, pagando pelos serviços de fraude para garantir aprovações em múltiplos concursos ao longo dos anos.
A análise de seus dados digitais reforçou as suspeitas, revelando arquivos que a conectam diretamente aos demais investigados.
Em um documento datado de janeiro de 2024, foram encontradas referências à aprovação de Wanderlan no concurso do Banco do Brasil, sugerindo que a candidata tinha conhecimento prévio das atividades fraudulentas do líder do esquema.
A PF agora concentra esforços no rastreamento de transações financeiras entre a candidata e os membros da quadrilha.
O objetivo é confirmar a relação de "cliente e fornecedor" de fraudes e determinar se as aprovações anteriores de Laís também foram obtidas de forma ilícita.
O caso da concurseira levanta a suspeita sobre outros perfis semelhantes, de candidatos com múltiplas aprovações em provas complexas cujos resultados coincidiram com os de membros da organização criminosa.
A PF continua as diligências para desmantelar o esquema que tenta burlar a lisura dos certames públicos no país.
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