Investigação
Bolo envenenado: suspeita do crime é encontrada morta dentro da prisão em Guaíba
Deise Moura dos Anjos estava presa temporariamente suspeita de ter matado envenenadas três pessoas da família do marido
Polícia | 13 de Fevereiro de 2025 as 14h 45min
Fonte: Redação G1

Deise Moura dos Anjos, suspeita de matar três pessoas da família do marido após comerem um bolo de frutas cristalizadas envenenado com arsênio, foi encontrada morta dentro da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na manhã desta quinta-feira (13), segundo a Polícia Penal. A suspeita é de suicídio.
Deise foi presa temporariamente no dia 5 de janeiro suspeita de envenenar a farinha utilizada em um bolo consumido em Torres, no Litoral Norte do RS, na véspera de Natal. A polícia também investigava se ela matou o sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro, após consumir bananas e leite em pó levados à casa dele pela nora.
Em nota, a Polícia Penal divulgou que ela foi encontrada "sem sinais vitais" durante conferência matinal na penitenciária. (Leia a íntegra do documento abaixo)"Imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência que, ao chegar no local, constatou o óbito".
Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a morte ocorreu "por asfixia mecânica autoinfligida".
A mulher estava sozinha na cela. As circunstâncias da morte serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Deise ficou um mês no Presídio Estadual Feminino de Torres. A prisão foi prorrogada pela Justiça e, em 6 de fevereiro, ela foi transferida para Guaíba por questões segurança.
A suspeita escreveu um recado antes de ser encontrada morta dentro da cadeia. A informação foi dita pelo chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, em entrevista à RBS TV.
"Ela deixou um escrito, que nós estamos apurando ainda detalhes, no local. Tipo um desabafo, se dizendo inocente, dizendo que era uma pessoa que estava em sofrimento, em depressão", afirmou Sodré.
A administração do presídio teria sido alertada um dia antes do ocorrido sobre o risco de Deise tirar a própria vida. Um advogado da família do marido da suspeita foi ao presídio e informou a decisão do homem em formalizar o divórcio. A partir daí, ela teria apresentado alterações no comportamento.
A Polícia Penal afirma que Deise "recebeu três atendimentos psicológicos na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, além de dois atendimentos com a equipe de saúde". A pasta informou ainda que "a rotina de inspeção é permanente" e que são feitas revistas diárias nas celas.
Presídio teria sido avisado de riscos
A suspeita escreveu um recado antes de ser encontrada morta dentro da cadeia. A informação foi dita pelo chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, em entrevista à RBS TV.
"Ela deixou um escrito, que nós estamos apurando ainda detalhes, no local. Tipo um desabafo, se dizendo inocente, dizendo que era uma pessoa que estava em sofrimento, em depressão", afirmou Sodré.
A administração do presídio teria sido alertada um dia antes do ocorrido sobre o risco de Deise tirar a própria vida. Um advogado da família do marido da suspeita foi ao presídio e informou a decisão do homem em formalizar o divórcio. A partir daí, ela teria apresentado alterações no comportamento.
A Polícia Penal afirma que Deise "recebeu três atendimentos psicológicos na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, além de dois atendimentos com a equipe de saúde". A pasta informou ainda que "a rotina de inspeção é permanente" e que são feitas revistas diárias nas celas.
Relembre o caso
De acordo com a Polícia Civil, sete pessoas da mesma família estavam reunidas em uma casa, durante um café da tarde alguns dias antes do natal, quando começaram a passar mal após comer fatias do bolo. Zeli dos Anjos, que preparou o doce em Arroio do Sal e levou para Torres, também foi hospitalizada. Ela era sogra de Deise e alvo do envenenamento, segundo a Polícia Civil.
Três mulheres morreram no intervalo de algumas horas. Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória, segundo o hospital. Neuza Denize Silva dos Anjos teve como causa da morte divulgada "choque pós-intoxicação alimentar".
Zeli dos Anjos sobreviveu e recebeu alta do hospital em janeiro deste ano. Segundo o delegado Marcus Veloso, responsável pela investigação, ela foi a única pessoa da casa a comer duas fatias. Uma criança de 10 anos que comeu o bolo também sobreviveu e já recebeu alta.
Polícia diz que sogra era alvo
Segundo o delegado Marcus Veloso, Zeli dos Anjos, sogra da suspeita, era o principal alvo dos envenenamentos. "O principal alvo dela era a Zeli. Ela estava no dia 2 de setembro, quando ela fez o café com leite em pó e tudo mais (saiba mais abaixo), junto com seu marido, e também estava no local em que Zeli fez o bolo em Arroio do Sal e ela também consumiu o bolo e também foi para o hospital", diz o delegado Veloso.
A morte do sogro
Depois do caso do bolo ser revelado, a polícia passou a investigar se Deise teria envolvimento também na morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro, supostamente por intoxicação alimentar. Ele foi marido de Zeli.
A polícia exumou o corpo dele, e exames constataram que ele ingeriu arsênio antes de morrer. Ele morreu de infecção intestinal após consumir bananas e leite em pó levados à casa dele pela nora.
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