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Vendas de sentenças

Após lobista de MT, advogado também é alvo da PF por vazar operações

STF sinaliza que Sisamnes terá dezenas de fases

Polícia | 30 de Maio de 2025 as 22h 33min
Fonte: FolhaMax

Foto: Divulgação

A nova fase da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (30/5), investiga um advogado de Brasília por repassar informações sigilosas sobre investigações em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Trata-se de Michelangelo Cervi Corsetti, que passou a ser formalmente alvo da apuração após autorização do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Corsetti foi alvo de medidas cautelares impostas pelo STF, que incluem a proibição de manter contato com outros investigados e a vedação de saída do país. As restrições foram aplicadas também ao prefeito de Palmas (TO), José Eduardo de Siqueira Campos (Podemos), também investigado por envolvimento no esquema de vazamentos.

A operação Sisamnes apura um esquema de venda de sentenças judiciais envolvendo magistrados do STJ e de tribunais estaduais, tendo iniciada em Mato Grosso após a morte do advogado Roberto Zampieri e a prisão do lobista e empresário Andreson Gonçalves. O nome da operação faz referência a um juiz persa da Antiguidade, conhecido por ter sido punido por aceitar subornos e que se tornou símbolo de corrupção no Judiciário.

Nesta semana, a PF deflagrou outras duas fases da operação. Em 24 horas, desde a manhã de quarta-feira (28) até a manhã de quinta (29), foram cumpridos cinco mandados de prisão e nove de busca e apreensão.

O objetivo das 7ª e 8ª fases da operação, deflagradas nesta semana, é aprofundar a investigação em relação aos crimes de corrupção judiciária e lavagem de dinheiro, além de apurar os possíveis mandantes e eventuais coautores do homicídio de advogado em 2023, em Cuiabá, Mato Grosso. Na manhã de quinta-feira, agentes da polícia miraram o esquema envolvendo o pagamento milionário de propinas em troca de decisões judiciais proferidas por um magistrado vinculado ao Tribunal de Justiça do Estado do Estado de Mato Grosso.

Na quarta-feira, a investigação ganhou proporção nacional após a prisão de um grupo identificado como Comando C4 (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos), formado por militares da ativa e da reserva. De acordo com a PF, o grupo seria responsável pelo assassinato do advogado Roberto Zampieri, que motivou a deflagração das primeiras fases da Sisamnes.

Com o avanço das investigações, a PF busca agora identificar os canais de vazamento e os beneficiários da suposta comercialização de informações sigilosas, além de esclarecer as conexões entre os diferentes núcleos envolvidos, como políticos, jurídicos e militares.