Ação da PM termina em pancadaria entre populares e militares

Policiais foram averiguar denúncia de que um homem estaria armado e ameaçado pessoas

Uma operação da Polícia Militar terminou em confusão e acusações de abuso de autoridade no último domingo (11), em Diamantino. Durante a ação, que foi registrada em vídeos compartilhados em grupos de WhatsApp, um policial foi filmado aplicando um “mata-leão” em um homem de 33 anos, que resistia à prisão.

Em uma das gravações, uma mulher afirma que o homem estava “ficando roxo” durante a imobilização.

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por volta das 18h30 após receber uma denúncia de que um homem armado estaria ameaçando frequentadores de um clube chamado “Oxente”, no bairro Pedregal.

Ao chegarem ao local, os policiais deram ordens para que o suspeito, que já tinha várias passagens pela polícia, colocasse as mãos na cabeça. Porém, ele desobedeceu, afastou-se dos policiais e sacou uma pistola. Ao perceber que os agentes já estavam com suas armas em punho, o homem jogou a pistola por cima de um muro.

O boletim relata que, em seguida, o suspeito começou a resistir à abordagem, empurrando e se debatendo contra os policiais. A situação se complicou quando um grupo de pessoas cercou a equipe policial, tentando interferir na prisão e, segundo o documento, alguns populares chegaram a agredir os policiais com socos.

Com o aumento do tumulto, os agentes tentaram retirar o suspeito do local, mas ele conseguiu escapar de volta para dentro do clube. A Polícia Militar solicitou reforços, mas enfrentou dificuldades para acessar o estabelecimento devido à resistência dos presentes. Durante a confusão, o filho do suspeito, que estava no local, foi deixado sozinho após a fuga do pai e acabou sendo entregue ao Conselho Tutelar.

Na fuga, o suspeito abandonou uma pistola com a numeração raspada e 14 munições intactas. Ele foi encaminhado ao hospital para a retirada dos dardos de uma arma de choque disparados pelos policiais e recebeu uma injeção sob orientação médica. Posteriormente, ele foi levado à delegacia, onde o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

A Polícia Militar ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações de abuso de autoridade.