Vácuo de lideranças

A sensação de que Sinop parou de produzir lideranças políticas mais expressivas permeiam as conversas quando o assunto são eleições de 2026. Depois de um pleito municipal com apenas dois candidatos, sendo um deles o prefeito buscando a reeleição, a percepção é de que a política acabou sendo "esvaziada".

A leitura é compartilhada pelo atual presidente da Câmara de Sinop, Remídio Kuntz. Em conversa com o GC Notícias, o vereador com 3 mandatos avaliou o cenário local. Para Remídio, alguns "caciques" acabaram não permitindo que novos "caciques" surgissem, o que acabou deixando um vácuo de lideranças que possam ser alçadas ao posto de prefeito, deputado estadual, federal ou mesmo aos cargos maiores, como o governo do Estado e o Senado Federal. Se no passado o município já contou com 3 deputados estaduais e dois federais, tendo nomes cotados nas majoritárias do Estado, hoje a representação política se resume a um cada vez mais afastado deputado estadual, um federal e a passagem relâmpago de uma suplente de senador.

Sobre essa falta de "caciques" para 2026 e 2028, Remídio disse que está tentando montar a sua tribo - uma referência a articulação que o tornou presidente do legislativo municipal. Seu posicionamento pode resultar na formação de uma nova base política, embora tenha declarado que sua preferência é ser vereador ou secretário municipal. Ser deputado ou prefeito não está no seu horizonte. "Mas na política a gente não se manda. Quem determina é o eleitor e o grupo", afirmou Remídio.

O presidente também citou os "políticos de temporada" - referindo-se a lideranças que criticam a categoria, mas nunca colocam seus nomes a disposição da sociedade. Para Remídio a formação de novas lideranças políticas passa pela apresentação de novos nomes, "que precisam dar a cara tapa, vestir a camisa e mostrar seu trabalho".

Enquanto isso, resta a pergunta: Qual será o cardápio a disposição do eleitor em 2026? E em 2028?