União nem tão unido

O União Brasil em Mato Grosso está com um problema de... União. Uma disputa interna pela candidatura a prefeito de Cuiabá criou uma fissura no partido, que agora tenta conter o dano para que a trinca não se transforme em um racha.

Os dois nomes de peso do União para 2024 são o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho e deputado federal e recém nomeado chefe da Casa Civil do Governo de Mato Grosso, Fábio Garcia. A posse no cargo foi interpretada como manobra para deixar Garcia mais perto de Cuiabá e facilitar na construção da candidatura.

Mauro Mendes nomeou Garcia para a função após o então titular da Casa Civil, Mauro Carvalho, deixar o posto para ocupar a cadeira do senador Wellington Fagundes, licenciado por 121 dias.

Na outra ponta da mesa do União, Botelho tem apoio da ala legislativa do partido. O líder do governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Dilmar Dal’Bosco (União), já declarou que Botelho é seu preferido para disputar a prefeitura de Cuiabá pelo União Brasil. “Acho que é cedo para a gente começar a trabalhar essa questão da eleição. Eu sempre tenho pautado é que é a vez do Botelho para galgar esse cargo e ser prefeito da nossa capital. Pelo histórico, o trabalho que tem feito. Eu tenho defendido o nome do Botelho. Deveríamos deixar esse assunto para tratar em 2024. Mas infelizmente não conseguimos até agora, parece que estamos antecipando uma eleição municipal”, destacou Dilmar.

Com dois figurões buscando o mesmo cargo, o União Brasil vive uma ameaça de fissura – mas vale lembrar que a natureza do partido, bem como seu histórico, é de costuras, alianças e uma habilidade de formar palanques de campanha sólidos, preferencialmente grandes.