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Quem é o senador de Bolsonaro?

Notícias dos Poderes | 13 de Maio de 2022 as 17h 05min

Lideranças da política de Mato Grosso, que pretendem disputar a eleição de 2022, tentam desde já demonstrar que apoiam a reeleição de Jair Bolsonaro. O presidente da República – e seus discursos – são muito populares entre os mato-grossenses. Além disso, na eleição anterior, de 2018, quase anônimos foram alçados à campeões de voto, tudo porque conseguiram estar no mesmo palanque que Bolsonaro. Vide o deputado federal mais votado de 2018 e a senadora, que acabou cassada.

Com o cenário polarizado e um histórico ranço do PT na maioria das zonas eleitorais de Mato Grosso, ser o candidato “aliado” de Bolsonaro é começar com uma vantagem. Dianteira que Wellington Fagundes (PL), é experiente demais para desprezar. Fagundes buscará em 2022 a sua reeleição no Senado Federal, é considerado um candidato natural ao cargo e, desde a filiação do presidente no PL, o nome de Bolsonaro em Mato Grosso. Mas será que o eleitorado concorda?

Como o mandato de senador é de 8 anos, Fagundes se permitiu disputar a eleição de 2018 sem o prejuízo de ficar sem cargo se perdesse. Concorreu a governador do Estado, com o apoio do PT e do PC do B. Pediu voto para Fernando Haddad no primeiro e também no segundo turno – mesmo as eleições no Estado terem se resolvido no primeiro turno. Como naquele ano a disputa era entre o governo desastroso de Pedro Taques candidato à reeleição, Fagundes com o “bloco vermelho” e Mauro Mendes, o novo governador acabou sendo eleito no primeiro turno com 58% dos votos. Taques e Fagundes tiveram o mesmo peso para o eleitorado: 19% cada.

Antes do palanque com PT e PC do B em 2018, Fagundes foi um dos vice-líderes do governo Dilma no Senado. Na reeleição da presidente petista, Fagundes colocou sua máquina de campanha para apoiar Dilma. Fotos desse passado vieram a tona na eleição passada e provavelmente virão também nessa.

Enquanto Fagundes tenta esconder seu passado vermelho, um nome do agronegócio começa a abocanhar a atenção do eleitorado. Antônio Galvan, ex-presidente do Sindicato Rural de Sinop, ex-presidente da Aprosoja Mato Grosso e atual presidente da Aprosoja Brasil, é o estereótipo do candidato bolsonarista. Ruralista, articulado mas de discurso simples, defensor irrestrito da soberania nacional e entusiasta do sistema produtivo. Além disso, Galvan não tem esqueletos guardados no armário. No seu histórico tem luta pela classe produtiva desde o Grito do Ipiranga até os mais recentes manifestos em favor do atual presidente – dos quais Galvan atuou como organizador.

Oficialmente, lá no TSE, Fagundes pode ser o candidato a senador de Bolsonaro. Mas e na prática? Será que emplaca?