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Levantamento

Mato Grosso tem 3ª maior taxa de mortes em acidentes de trânsitos do país; 1207 óbitos

O número de mortes em acidentes de motocicleta representa 43,6% do total de óbitos em acidentes de trânsito registrados no estado

Notícias dos Poderes | 20 de Maio de 2025 as 09h 42min
Fonte: Unica News

Foto: Divulgação

Mato Grosso é dono da segunda maior taxa de mortes em decorrência de acidentes de trânsito no país. São 33,6 óbitos por 100 mil habitantes, totalizando 1207 em um ano. O estado também está no topo da lista quando se fala em acidentes com motocicletas, com a terceira maior taxa entre as unidades federativas, com 527 mortes.

O número de mortes em acidentes com motocicleta representa 43,6% do total de óbitos em acidentes de trânsito registrados no estado.

Os números são do Atlas de Violência 2025, resultado de uma parceria entre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). A publicação anual reúne informações e análise da violência no Brasil com base nos dados de dois anos anteriores à publicação.

Essa foi a primeira vez que o estudo incluiu dados sobre morte no trânsito a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A pesquisa identificou que os casos de mortes no trânsito tiveram uma pequena queda em 2019, mas voltaram a crescer em 2020 e, em seis anos, tiveram aumento percentual de 16,2% no estado de Mato Grosso.

O mesmo se repete a nível nacional. Os dados mostram que os casos de mortes no trânsito voltaram a crescer em 2020, com atenção especial para o número de acidentes com motocicletas, cuja taxa por 100 mil habitantes de MT é a terceira maior do país.

Em 2023, foram registrados 527 óbitos envolvendo acidentes com motocicletas no estado, um aumento de 12,8% em relação ao ano anterior e crescimento de 26,1% em dez anos. A cada 100 mil habitantes, há 14,7 mortos por este tipo de acidente. Somente o estado Piauí (21,0), Tocantins (16,9) e Rondônia (12,6), superam Mato Grosso.

Conforme a pesquisa, os números crescentes de mortes por acidentes no trânsito em todo o país se devem ao crescimento de veículos automotores sem gestão ou infraestrutura..

“Isto se deve, entre outros fatores, ao aumento da frota de veículos, especialmente de motocicletas, sem o acompanhamento proporcional de investimentos em infraestrutura e gestão do trânsito: “com as políticas de incentivo para aumento da produção e venda de veículos motorizados…, muitas famílias pobres passaram a ter acesso a esse bem, principalmente nos mercados do Norte e do Nordeste, e especialmente às motocicletas, que são veículos mais baratos e acessíveis.”, diz trecho do estudo.

Enquanto a inclusão que acontece por meio das motocicletas não estiver em unidade com segurança viária, o risco de morte e a letalidade no trânsito, continuarão crescendo, aponta o estudo. Sobretudo porque este meio de transporte tem deixado cada vez mais de ser utilizado apenas para em momentos de lazer e deslocamento para o trabalho e demais funções para se tornar a ferramenta de trabalho si.

“Entre os principais desafios identificados, destaca-se a urgência de enfrentar o problema da sinistralidade das motocicletas. Esse modo representa, simultaneamente, uma importante fonte de renda para parcelas significativas da população e um dos maiores focos de sinistros graves no país, o que exige políticas que conciliem inclusão produtiva com segurança viária e proteção à vida”, conclui o estudo.

A pesquisa identificou que os casos de mortes no trânsito voltaram a crescer em 2020 devido aos acidentes com motocicletas, que tiveram uma leve queda na mortalidade entre 2014 e 2019, assim como o total de mortes no trânsito no país.