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Hospital sem urgência
Notícias dos Poderes | 29 de Agosto de 2024 as 11h 12min
O Hospital Regional de Sinop tem urgência e emergência, mas esses termos são aplicados apenas aos pacientes. O mesmo não vale para os fornecedores – empresas que vendem insumos e serviços que garantem o funcionamento do Hospital.
Nas últimas semanas, algumas empresas que que atendem o Hospital de Sinop de forma regular tem relatado dificuldades em receber o devido pagamento. Atrasos de 30 dias são corriqueiros. Há pelo menos um fornecedor que está há 90 dias esperando pelo pagamento do serviço que prestou.
Quando esses fornecedores procuram a direção do Hospital para entender o motivo dos atrasos, a resposta costumeira transfere a responsabilidade para os “fiscais de contrato” – servidores investidos para acompanhar e garantir que o serviço contratado seja devidamente prestado antes de ser pago.
Rigor na fiscalização dos contratos é importante. Muito importante. O dispositivo existe para evitar pagamentos indevidos, seja por falha humana ou corrupção. No entanto, há uma diferença entre excesso de rigor e morosidade nos processos de pagamento.
Uma das marcas do governo anterior, de Pedro Taques, era a letargia da coisa pública. Nada andava, tudo se arrastava. Um simples pagamento por um serviço dentro da norma demorava 6 meses. Havia um “pânico” pela fiscalização que acabou fazendo com que as repartições públicas trabalhassem em meia fase, em parte pelos fornecedores não serem devidamente remunerados. Na reta final do Governo, ninguém mais queria vender para o Estado.
Esse é o caminho que o Hospital Regional de Sinop quer seguir? Andar mais devagar até quase parar? Há gestores e profissionais muito competentes na unidade que entendem que saúde é um assunto urgente. Precisam lembrar que a urgência também deve ser aplicada aos fornecedores.
É preciso melhorar o fluxo desses processos de pagamento.
Nota da SES-MT
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), por meio do Hospital Regional de Sinop, informa que o pagamento de fornecedores segue o fluxo estabelecido em contrato.
O pagamento dos serviços ocorre no prazo de 30 dias, se todos os documentos exigidos forem apresentados pela fornecedora. Caso haja falta dos documentos, a empresa é notificada para realizar as adequações.
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