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Bom dia, Terça Feira 22 de Julho de 2025

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Caso Renato Nery

Grupo responsável por morte de advogado era estruturado em núcleos e divisão de tarefas

Estrutura foi desvendada após investigações da Polícia Civil

Notícias dos Poderes | 22 de Julho de 2025 as 08h 00min
Fonte: Repórter MT

Foto: Reprodução

As investigações sobre o assassinato do advogado Renato Nery, ocorrido em julho do ano passado, em Cuiabá, relevaram que o grupo criminoso responsável pelo crime atuava de forma organizada, estruturado em núcleos e com divisão de tarefas.

De acordo com denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), o primeiro núcleo apontado foi o de comando, composto pelos mandantes Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi, casal de empresários de Primavera do Leste (234 km de Cuiabá). Eles disputavam com Renato Nery, na Justiça, uma

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NÚCLEO 1 - MANDANTES  JULINERE E CESAR SECHI - CASO RENATO NERY

 Núcleo 1

Após décadas de batalha judicial, o advogado acabou ganhando a causa e se tornando coproprietário da terra, fato que gerou insatisfação no casal de empresários.

Na última sexta-feira (18), Julinere e Cesar foram denunciados pelo MP por homicídio triplamente qualificado e organização criminosa.

Já o segundo núcleo é o de intermediação, composto pelos policiais militares Jackson Pereira Barbosa, apontado como principal intermediário do crime,

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NÚCLEO 2 - INTERMEDIÁRIOS - CASO RENARO NERY

 Núcleo 2

Ícaro Nathan Santos Ferreira, que forneceu a arma usada para atirar em Renato Nery e por repassar o pagamento pelo assassinato, e Heron Teixeira Pena Vieira, apontado como coordenador operacional.

Os três também estão presos. Heron chegou a confessar sua participação no crime.

O terceiro núcleo é o operacional, composto por Heron, que aparece novamente como coordenador do assassinato e pelo caseiro Alex Roberto Queiroz Silva, o executor.

Alex também confessou que matou o advogado e está preso.

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NÚCLEO 3 - OPERACIONAL - HERON E ALEX - CASO RENATO NERY

 Núcleo 3

Em seguida, o Ministério Público apontou o quarto núcleo, que é o de obstrução, composto pelos também policiais militares Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso. Uma semana após o assassinato de Renato Nery, os quatro forjaram um confronto para dar fim na arma usada para matar o advogado.

Eles chegaram a ser presos, mas foram soltos e submetidos a diversas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.

“A divisão de tarefas evidenciou-se pelo planejamento meticuloso que compreendeu: a identificação precisa da vítima como alvo e a provisão dos recursos financeiros pelo núcleo de comando; a intermediação, o recrutamento e o fornecimento de meios materiais pelo núcleo de intermediação; o monitoramento sistemático das rotinas da vítima e a execução do homicídio pelo núcleo operacional; e, posteriormente, a ocultação deliberada de elementos probatórios e a criação de contexto artificialmente forjado para inserção da arma pelo núcleo de obstrução processual”, pontuou o MP.

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PMS DO FALSO CONFRONTO - JORGE RODRIGO, WEKCERLLEY, WAILSON E LEANDRO

 Núcleo 4

Ainda de acordo com o Ministério Público, Julinere e Cesar encomendaram o assassinato de Renato Nery com a promessa de pagamento de R$200 mil.

A denúncia foi assinada pelos promotores de Justiça Élide Manzini de Campos, Rinaldo Segundo e Vinicius Gahyva.

Renato Nery foi assassinado com sete tiros tiros no dia 5 de julho de 2024, em frente ao seu escritório de advocacia, localizado na avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Ele chegou a ser resgatado por uma equipe médica e levado ao Hospital Jardim Cuiabá, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência. No entanto, na madrugada do dia seguinte ele morreu.